@MASTERSTHESIS{ 2019:1061768662, title = {“Aqui é uma casa masculina!” : juventude “trans” e socioeducação}, year = {2019}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10348", abstract = "Esta pesquisa teve a intenção de dar visibilidade a uma questão pouco discutida tanto no meio acadêmico quanto nas políticas públicas. Trata-se de uma experiência vivenciada em uma das unidades de cumprimento de medida socioeducativa da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande Sul (FASE RS), onde a autora desta pesquisa atua como psicóloga. A ideia surgiu a partir do ingresso de uma adolescente transgênero na unidade destinada exclusivamente a jovens homens cisgêneros com idade de 12 a 21. Na intenção de legitimar sua identidade e na tentativa de buscar a forma mais adequada de estar/permanecer naquele local, demarcado pelos signos masculinos, a equipe buscou debruçar-se na procura por norteadores técnicos, literários e legislativos, obtendo como resposta a palpável falta de orientação. A partir dessa lacuna, a pesquisadora, através desse estudo, decidiu contribuir na construção de norteadores teóricos e práticos para auxiliar no desenvolvimento da importante pauta que se concretiza na atual sociedade, materializada através da militância social dos movimentos LGBT's pelo direito a vida e a convivência em sociedade. Através dessa problemática encontrada na unidade, considerando a proposta pedagógica inerente as medidas socioeducativas garantida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) e a abordagem dos direitos humanos, torna-se imprescindível pensar a socioeducação voltada as garantias da proteção integral também da juventude LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). Para iniciar a discussão deste trabalho, além da experiência vivida, buscou-se realizar uma revisão bibliográfica a respeito da temática 'população LGBT em conflito com a lei', focando na medida socioeducativa de internação. A preferência pelo meio fechado se deu pelo entendimento de que é neste local que ocorrem os atravessamentos de uma forma mais contundente, entendendo-se que as questões de gênero e sexualidade acabam acirrando-se pelo confinamento.Como cenário principal, foi apresentada a história de Rosa, através da metodologia do estudo de caso, e a sua trajetória socioeducativa junto a equipe e demais jovens em cumprimento de medida socioeducativa na FASE. Assim, o trabalho apresentado resultou da vivência conjunta, entre profissionais, adolescentes e jovens adultos. Foram relatados os percalços, soluções e atravessamentos, entrelaçando, também, entrevistas realizadas com profissionais e jovens que atuaram (ou não) na busca de soluções para uma efetiva garantia de direitos no período que em que Rosa esteve em privação de liberdade. A dificuldade de encontrar aportes teóricos e experiências sobre o tema aponta para a falta de políticas públicas voltadas a juventude LGBT, pois, assim como se pode perceber nas demais instituições, não encontra lugar adequado nem mesmo quando “precisa ser retirada” da sociedade. Desta forma, a hipótese inicial foi de que as medidas socioeducativas, destacando a privação de liberdade, não apresentam um programa voltado à garantia da proteção integral desta população, principalmente no intuito de salvaguardar o direito a não discriminação no que se refere a sua identidade de gênero e, consequentemente, a efetivação dos direitos referentes a vida, a liberdade, a dignidade, ao respeito, ao direito a convivência familiar e comunitária, entre outros.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais}, note = {Escola de Humanidades} }