@PHDTHESIS{ 2022:22160296, title = {Os limites da autonomia do paciente e a arquitetura da escolha}, year = {2022}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10321", abstract = "A presente tese, preocupada com a supervaloriza??o do princ?pio da autonomia dentro do campo da Bio?tica, mormente em rela??o ? corrente principialista, busca aprofundar a tem?tica, de modo a encontrar limites mais claros ao poder decis?rio do paciente, sem que isso signifique uma retomada do paternalismo m?dico ou a supress?o da autonomia. Em que pesem as justas cr?ticas endere?adas ? Bio?tica baseada na autonomia e, consequentemente, aos postulados kantianos, que s?o em grande medida os fundamentos da referida corrente, a presente tese defende a manuten??o do racioc?nio das m?ximas do fil?sofo prussiano, ou seja, defende-se que a autonomia (capacidade de autodetermina??o) ? o fundamento da dignidade, e que essa, por sua vez, est? diretamente ligada ao conceito do ser humano sempre como fim em si mesmo e nunca, simplesmente, como meio. Por outro lado, as cr?ticas n?o podem ser ignoradas, principalmente aquelas advindas da neuroci?ncia que, a partir de estudos da economia comportamental, comprovaram que o ser humano n?o raramente age de modo inconsciente contra os seus pr?prios interesses, ou seja, a cren?a na racionalidade plena deve ser revisitada. Nesse sentido, a presente tese defende a inser??o do conceito da arquitetura da escolha e da ?tica da influ?ncia, ambos vinculados ao paternalismo libert?rio, no ambiente m?dico-hospitalar e na rela??o m?dico-paciente. Trata-se de conceitos, cuja aplica??o visa a auxiliar os sujeitos a tomarem as melhores decis?es de acordo com seus melhores interesses, promovendo di?logo entre as pessoas envolvidas. Defende-se que a arquitetura da escolha seja a justa medida para harmonizar a autonomia do paciente com o paternalismo m?dico. Os limites ? autonomia ser?o estabelecidos antes mesmo da formula??o da arquitetura, restando, ent?o, apenas as op??es ?tica e legalmente cab?veis. Ao m?dico, neste segundo momento, caber? exercer a influ?ncia para que o paciente escolha o tratamento mais eficaz, deixando-o, contudo, livre para escolher outras possibilidades ou at? mesmo recus?-las, promovendo sua autonomia, respeitando sua dignidade, tratando-o como fim em si mesmo.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia}, note = {Escola de Humanidades} }