@PHDTHESIS{ 2022:234671160, title = {Fazer filosofia em um planeta ferido : whitehead, stengers e uma filosofia ambiental}, year = {2022}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10314", abstract = "Este trabalho tem o objetivo de delinear alguns dos termos fundamentais de uma filosofia em um planeta ferido. Isto é, uma filosofia ambiental que, da metafísica à política, da epistemologia à ética, se coloque o problema da diversidade dos modos de habitar a terra de humanos e não humanos, levando em conta, sobretudo, o contexto das mudanças climáticas e perturbações ecológicas generalizadas. Para tal, parto da tese de que o conceito de natureza, criação coletiva da filosofia, da ciência e outras práticas de produção de conhecimento e de verdades da modernidade, fundamenta modos de habitar a terra que são colonizadores e que raleiam o mundo, isto é, o empobrecem, deslegitimando incontáveis existências e experiências. Em seu lugar, interessa pensar uma noção de ambiente, assim como outras noções correlatas. As contribuições dos filósofos Alfred North Whitehead e Isabelle Stengers são cruciais para construir os termos e os modos de pensar, sentir e imaginar que constituem essa filosofia ambiental. No primeiro capítulo, levanto alguns dos desafios históricos e conceituais para se pensar uma filosofia ambiental desnaturada. No capítulo seguinte, apresento o conceito whiteheadiano de bifurcação da natureza, que organiza sua leitura histórico-filosófica do papel da natureza na modernidade. O capítulo 3 traz a proposta de uma metafísica ambiental, construída a partir dos escritos de Whitehead, que subjaz à filosofia ambiental deste trabalho. O quarto capítulo oferece uma análise complementar do funcionamento da filosofia e da ciência moderna a partir da filosofia da ciência de Stengers. No capítulo 5, mostro como os conceitos de ecologia das práticas e cosmopolítica de Stengers são capazes de abordar as condições de coexistência das práticas modernas de produção de conhecimento e de verdades com outras práticas, sobretudo as chamadas não modernas. O capítulo 6 aponta uma série de desenvolvimentos éticos e políticos da proposição cosmopolítica, ao mesmo tempo em que apresenta a abordagem stengersiana da crise climática contemporânea por meio do conceito de intrusão de Gaia. No último capítulo, aponto os principais elementos de uma filosofia em um planeta ferido. Em primeiro lugar, sugiro um animismo filosófico que reorganiza a filosofia ambiental trabalhada na tese. Em segundo lugar, me concentro sobre a atenção, o cuidado e a incomunidade como noções centrais da ética e política da filosofia que se busca aqui. Finalmente, afirmo como cuidar da ferida planetária e dos mundos por vir passa pelo reconhecimento das teias de sustentação mútua e exige rejeitar as formas de habitar a terra que negligenciam o planeta.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Escola de Humanidades} }