@PHDTHESIS{ 2022:264269274, title = {A nacionaliza??o de escolas teuto-brasileiras-evang?licas no sul do Brasil : entre ades?es e resist?ncias (1937-1945)}, year = {2022}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10139", abstract = "O presente estudo analisa o impacto da pol?tica de nacionaliza??o do ensino no sul do Brasil, no per?odo estadonovista, em escolas teuto-brasileiras-evang?licas a partir do caso de duas institui??es de ensino: Col?gio Evang?lico Alberto Torres (Lajeado), Col?gio Evang?lico Augusto Pestana (Iju?). Fundadas em 1892 e 1899, respectivamente, se constitu?ram como institui??es teuto-brasileiras-evang?licas em meio a um complexo e conflituoso processo de (re)germaniza??o de imigrantes alem?es, que se estabeleceram no sul do Brasil ap?s a Proclama??o da Rep?blica, que caminhava lado a lado, com a simult?nea tentativa de assimila??o dos imigrantes por parte do governo brasileiro, que atingiu seu ?pice no Estado Novo. As escolas tiveram suas funda??es relacionadas com as Comunidades Evang?licas de seus respectivos munic?pios, e, posteriormente, ligaram-se ao S?nodo Riograndense, sendo at? hoje escolas integrantes da Rede Sinodal. Tinham seus corpos docentes, discentes e administrativos compostos principalmente por imigrantes alem?es (ou de fala alem?) e descendentes. A l?ngua alem?, concebida como uma forma de aproxima??o dos evang?licos- luteranos com Deus atrav?s da leitura da B?blia, era o principal idioma utilizado no cotidiano escolar. Com a implementa??o da pol?tica de nacionaliza??o do ensino, durante o Estado Novo, as escolas n?o puderam mais manter essa estrutura, pois tanto a l?ngua de origem quanto os materiais did?ticos em alem?o foram proibidos, os diretores deveriam ser brasileiros natos, assim como os professores das disciplinas de Portugu?s, Hist?ria do Brasil e Geografia, que passaram a ser consideradas disciplinas de nacionaliza??o. As escolas passaram por grandes dificuldades nesse per?odo, precisando efetuar uma s?rie de mudan?as para se adequar e manter suas portas abertas. Acreditando que n?o ? poss?vel efetuar modifica??es t?o dr?sticas ainda mais forma t?o brusca e r?pida, questionamos quais foram as estrat?gias encontradas para sobreviver a esse per?odo e se as escolas ou os sujeitos que as habitavam encontraram alguma forma de enfrentamento, desobedi?ncia ou at? mesmo de resist?ncia ?s pol?ticas homogeneizadoras para n?o deixar totalmente de lado a l?ngua e elementos da cultura alem? que eram partes integrantes de sua identidade institucional. O recorte temporal abrange o per?odo de 1937 a 1945. A an?lise ? feita a partir dos pressupostos te?rico-metodol?gicos e Hist?ria da Educa??o, com algumas aproxima??es com a Hist?ria Conceitual do Pol?tico. S?o mobilizados como ferramentas de pesquisa os conceitos de cultura escolar e de resist?ncia. O primeiro ? trabalhado a partir das perspectivas de Dominique Julia, Escolano Benito, Vi?ao Frago e Justino Magalh?es. J? o conceito de resist?ncia ? tomado, a partir das perspectivas de Pierre Ansart, James Scott, J?cques S?melin, Denise Rollemberg, Pierre Laborie, Gene Sharp, Fr?d?ric Gros, entre outros. Este teve um importante papel na defini??o das quatro categorias de an?lise utilizadas na pesquisa: ades?o, enfrentamento, desobedi?ncia e resist?ncia. As fontes analisadas compreendem principalmente documentos relativos ? Cultura Emp?rica das escolas (documentos produzidos e/ou salvaguardados pelas institui??es, tais como correspond?ncias, relat?rios de inspe??o, cadernetas escolares, obras memorial?sticas, entre outros), mas tamb?m s?o utilizados como fontes suplementares, documentos relativos a Cultura Acad?mica das escolas e do S?nodo Riograndense (artigos, trabalhos de conclus?o, disserta??es, teses, entre outros) e documentos da Cultura Pol?tica da Escola (legisla??o do per?odo). Os resultados da pesquisa permitiram perceber que ocorreu principalmente uma demonstra??o de ades?o a esse per?odo, por?m n?o foi uma ades?o volunt?ria, mas sim uma submiss?o imposta em um contexto de rela??o de hierarquia e rela??o de for?as desequilibrada. Tamb?m foram localizados t?midos ind?cios de enfrentamento, desobedi?ncias por parte dos estudantes e de resist?ncia que se manifestou atrav?s de um discurso oculto, visando a manuten??o da l?ngua alem?. Portanto, as escolas se nacionalizaram, mas foi um processo complexo marcado por a??es ambivalentes, apesar da predomin?ncia da ades?o.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Hist?ria}, note = {Escola de Humanidades} }