@PHDTHESIS{ 2022:1060036252, title = {Análise da exposição a antibióticos e da modulação do sistema purinérgico em parâmetros comportamentais, bioquímicos e em um modelo de nocicepção em Peixe-zebra}, year = {2022}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10128", abstract = "Desde sua descoberta, os antibióticos se tornaram essenciais para a saúde em seres humanos e outras espécies. Estudos demonstram a interação do uso de antibióticos com bem-estar, defesa e outros aspectos fisiológicos, mas também com danos que estes compostos podem causar em espécies como os peixes, os quais sequer possuem um modelo padrão de dor definido. O peixe-zebra tem sido um modelo utilizado amplamente na pesquisa biomédica translacional. Este estudo avaliou o efeito de antibióticos e da modulação do sistema purinérgico em parâmetros comportamentais, bioquímicos e em um modelo de nocicepção em peixe-zebra. Os efeitos da exposição durante 96h a Oxitetraciclina (OTC), nas concentrações de 2, 10, 20 e 100 mg/L, foram avaliados em adultos e larvas, bem como os efeitos do Florfenicol (FF) em larvas, nas concentrações de 0,001, 0,005, 2 e 10 mg/L. Nossos resultados demonstraram que a OTC foi capaz de induzir um comportamento do tipo ansioso em adultos e reduziu os níveis de cortisol. Para confirmar o comportamento tipo ansioso, os peixes foram expostos ao Clonazepam (0,006mg/L) por 10 min. O Clonazepam foi capaz de reverter a ansiedade causada pela OTC nos parâmetros do teste de tanque novo e interação social, mas não reverteu os níveis de cortisol. Em larvas com 4 dpf, demonstramos que a exposição a OTC + FF (10 mg/L – 10 mg/L) por 96 h aumentou o tempo móvel e o número de entradas no centro do aquário, acompanhado de redução do ângulo de giro. Também observamos redução da resposta optomotora induzida pelos antibióticos. Além dos achados relacionados a exposição aos antibióticos, também estudamos um modelo de dor induzida por ácido acético (AA) em larvas de peixe-zebra. Nossos resultados demonstraram redução da distância percorrida, aceleração e tempo móvel por uma hora após a indução da dor pelo AA em larvas com 5 dpf. Para observar a possível prevenção da dor, utilizamos paracetamol (PAR) 0,05mg/L e Ibuprofeno (IBP) 0,005mg/L uma hora antes de expor as larvas ao AA. Nossos resultados demonstraram que PAR preveniu as mudanças comportamentais induzidas pelo AA em todos os parâmetros, mas IBP não foi capaz de prevenir a dor nas larvas. Surpreendentemente, o dimetilsulfóxido (DMSO) na concentração de 0,3% preveniu alterações comportamentais induzidas por AA. A PROB, um inibidor da Panexina 1 (PANX-1) evitou as mudanças na distância e movimento observados em ambas as concentrações de AA testadas. Entretanto, o A740003, um antagonista dos receptores P2X7, não impediu as alterações comportamentais no modelo de dor induzida por AA. Investigamos também o papel preventivo do inibidor da ecto-5’-nucleotidase, adenosina 5'-(α,β-metileno)difosfato (AMPCP), e da adenosina desaminase, eritro-9-(2-hidroxi-3-nonil)adenina (EHNA), no modelo de dor induzida pela AA. O tratamento com AMPCP ou EHNA, seguido pela exposição a AA, não evitou alterações comportamentais no modelo de dor em nenhum dos parâmetros testados. Na concentração de AA 0,050%, o comportamento optomotor foi comprometido, mas o AMPCP ou EHNA não apresentaram efeitos preventivos sobre o comportamento optomotor. Após a dor induzida por AA, a hidrólise da adenosina monofosfato (AMP) aumentou nas larvas do peixe-zebra. No entanto, a exposição ao AMPCP ou EHNA não impediu alterações na hidrólise de AMP. Este estudo reforça a importância do peixe-zebra como modelo animal para estudos toxicológicos e investigação de novas vias analgésicas.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular}, note = {Escola de Ciências Saúde e da Vida} }