@MASTERSTHESIS{ 2021:474953817, title = {Os coletivos criminais e as mulheres traficantes : considera??es sobre a presen?a de fac??es nos pres?dios femininos do rio grande do sul}, year = {2021}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10104", abstract = "Nas ?ltimas d?cadas vivenciamos a expans?o dos ?ndices de encarceramento feminino pelo delito de tr?fico de drogas. Dados recentes indicam 56,16% de mulheres presas frente aos 38,72% de homens presos pelo mesmo delito. Com efeito, a vincula??o das mulheres com a criminalidade, por vezes, foi sublocada nas pesquisas emp?ricas que t?m como objeto o mercado de drogas, vinculando as performances destas mulheres a um traje amoroso e/ou vitimizado. Embora existam trabalhos renomados sobre institui??es prisionais femininas, s?o escassas as pesquisas que enfrentam a tem?tica da articula??o feminina organizada e vinculada aos coletivos prisionais brasileiros. Nesse sentido, a presente disserta??o pretende formalizar os questionamentos incipientes ? poss?vel articula??o e envolvimento das mulheres com as fac??es criminosas do Rio Grande do Sul, tendo como objeto de pesquisa as viv?ncias de pessoas vinculadas a Penitenci?ria Feminina Madre Pelletier, localizada em Porto Alegre/RS, e a Penitenci?ria Estadual Feminina de Gua?ba/RS. A an?lise proposta perpassa a articula??o de tr?s fontes principais de pesquisa: a realiza??o de entrevistas semiestruturadas com interlocutores vinculados ?s institui??es objeto da pesquisa e operadores do direito; o levantamento de not?cias nos jornais locais - Zero Hora, Di?rio Ga?cho e Correio do Povo - e dos reposit?rios das institui??es vinculadas ao sistema penitenci?rio e de seguran?a p?blica do estado, al?m da an?lise de relat?rios e documentos oficiais sobre o sistema penitenci?rio feminino. Ao todo, foram realizadas 10 entrevistas entre julho de 2020 e janeiro de 2021. Ap?s, a pesquisa mobilizou os relatos colhidos a partir das entrevistas com o referencial te?rico produzido pelo campo da sociologia da viol?ncia no Brasil sobre fac??es prisionais, tr?fico de drogas, mulheres e pris?es. Ao passo que, a an?lise qualitativa, ou seja, do material coletado atrav?s da aplica??o de entrevistas semiestruturadas, buscou responder aos questionamentos relativos ? expans?o e consolida??o dos grupos criminosos nos Pres?dios femininos do Rio Grande do Sul, desvelando as fun??es ocupadas pelas mulheres nas din?micas do tr?fico de drogas, bem com a influ?ncia que estas implicam ao cen?rio ? intramuros e extramuros ? da capital e regi?o metropolitana do Estado. O aprofundamento do tema reside na ideia de que negar a atua??o feminina no mercado de drogas tende a mascarar o problema e, em alguma medida, suplantar sua expans?o. Enquanto para muitos a presen?a de fac??es no sistema carcer?rio feminino parecia algo distante, os enunciados desta pesquisa revelam uma outra realidade sobre a integra??o das mulheres ?s redes do tr?fico de drogas. Consenso entre os 10 entrevistados a presen?a de lideran?as femininas dos grupos Bala na Cara, Antibala e Manos na Penitenci?ria Estadual Feminina de Gua?ba desde 2015/2016, o que nomeei aqui como ponto zero da espacializa??o das cadeias femininas da regi?o metropolitana do Rio Grande do Sul.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncias Criminais}, note = {Escola de Direito} }