@MASTERSTHESIS{ 2019:1511943252, title = {Evolução ocular na toxoplasmose congênita}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9928", abstract = "Objetivos: Descrever a evolução ocular e investigar antecedentes e aspectos clínicos que possam influenciar o prognóstico visual na toxoplasmose congênita. Metodologia: Coorte retrospectiva incluindo pacientes atendidos entre 1996 e 2017 nos setores ambulatoriais público e privado do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, RS, Brasil, com diagnóstico confirmado de toxoplasmose congênita e seguimento até pelo menos um ano de idade. Resultados: Dentre os 77 pacientes incluídos, a suspeita de toxoplasmose congênita ocorreu por triagem de rotina em 65 (84,5%). Setenta e três pacientes (94,8%) receberam tratamento no primeiro ano de vida com pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico. A mediana da idade ao final do acompanhamento foi de 10 anos (mínimo 2, máximo 25). O número de pacientes com retinocoroidite era de 39 (70,9%) no primeiro ano de vida e de 55 (71,4%) ao final do acompanhamento. Houve um pico de incidência de novas lesões de retinocoroidite entre os 4 e 5 anos e outro entre os 9 e os 14 anos, este último apenas nas meninas. Novas lesões de retinocoroidite surgiram após o primeiro ano de vida em 77,8% dos pacientes que iniciaram o tratamento após o quarto mês de vida, vs. 35,2% dos que o iniciaram dentro dos quatro primeiros meses (RR=0,45, IC95% 0,27-0,75, p=0,02) e 33,3% dos que o iniciaram dentro dos dois primeiros meses (RR=0,42, IC95% 0,25-0,72, p=0,01). Em oito olhos com lesão macular a acuidade visual foi entre 10% e 40% e em 10 olhos com lesão paramacular a acuidade foi entre 5% e 100%. Trinta e quatro pacientes com retinocoroidite foram acompanhados por 10 anos ou mais, entre os quais o desempenho escolar foi considerado adequado em 28 (82,4%). Conclusões: A alta incidência de novas lesões de retinocoroidite ao longo do acompanhamento indica a importância do seguimento a longo prazo dos pacientes com toxoplasmose congênita. O início do tratamento dentro dos quatro primeiros meses de vida, especialmente dentro dos dois primeiros meses, foi fator protetor para surgimento posterior de retinocoroidite. Olhos com lesões de retinocoroidite macular e paramacular tiveram um desfecho melhor que o esperado em termos de função visual. Apesar do prognóstico em geral favorável, confirmou-se a acentuada morbidade da toxoplasmose congênita no Brasil.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }