@PHDTHESIS{ 2021:914702296, title = {Potenciais efeitos da exposição a fungicidas agrícolas para abelhas-sem-ferrão imaturas : conservação de polinizadores e políticas públicas}, year = {2021}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9902", abstract = "As abelhas são responsáveis pela polinização de 80% das plantas cultivadas ou silvestres, sendo polinizadores exclusivos de 65% delas. A agricultura mundial tem evoluído muito nos últimos anos com o uso de múltiplas tecnologias como drones e inteligência artificial. Porém, ela é ainda muito dependente de produtos controversos como os agrotóxicos. Estes produtos protegem as plantas de pragas e doenças, mas podem causar efeitos secundários na biodiversidade silvestre de polinizadores, como as abelhas, das quais muitas culturas agrícolas dependem em algum nível. Até mesmo a ação de produtos considerados não prejudiciais às abelhas, como fungicidas e herbicidas, estão sendo questionados ultimamente pois a exposição desde abelhas adultos à alimentação provida aos imaturos parece prejudicar esses insetos. Diante disso, este trabalho objetivou avaliar os efeitos da exposição crônica, via oral e tópica, dos fungicidas agrícolas Mancozebe e Piraclostrobina para operárias imaturas de abelhas-sem-ferrão, utilizando como modelo experimental Scaptotrigona bipunctata. Também foi avaliado a associação do fungicida Carbendazim com o inseticida Clorpirifós em machos imaturos desta mesma espécie. As abelhas foram expostas a diferentes doses do fungicida (produto comercial), calculadas a partir da dose de campo indicada para culturas de citros. Para o ingrediente ativo Mancozebe utilizou-se: a) 1,545 ng; b) 2,175 ng; c) 41,29 ng; d) 45,71 ng; e) 960 ng de ia /μL de dieta) e um controle sem fungicida. Para Piraclostrobina utilizou-se: a) 1,30 x 10 – 4 μl; b) 3,25 x 10 – 3 μl e c) 6,5 x 10 – 3 de μl i.a./larva. O efeito do fungicida foi avaliado por meio de curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier e Anova de um fator. Nossos resultados indicam uma curva dose-dependente para o fungicida Mancozebe, e para a Piraclostrobina observou-se que a dose intermediária foi 3,6 vezes mais letal às abelhas jovens quando comparadas às outras doses testadas. Ao observarmos as abelhas sobreviventes destaca-se que ambos os produtos causaram deformações nas asas e abdômen dos indivíduos. Para verificar os efeitos da exposição ao fungicida e inseticida nos machos, avaliou-se a partir de morfometria geométrica potenciais alterações na genitália. Detectamos uma diferença significativa na forma da genitália dos machos expostos. Com isso, nosso trabalho traz evidências dos efeitos causados por fungicidas agrícolas aos imaturos de abelhas-sem-ferrão. Portanto, é questionável a sua indicação como produto não-prejudicial às abelhas. Além disso, recomenda-se deixar claro que o efeito positivo no combate a doenças fúngicas pode adversamente comprometer a polinização das culturas dependentes desse serviço ecossistêmico.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }