@MASTERSTHESIS{ 2021:135740002, title = {Influ?ncia do enriquecimento ambiental sobre par?metros nociceptivos e inflamat?rios em um modelo de artrite em camundongos}, year = {2021}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9853", abstract = "O presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos do enriquecimento ambiental (EE) sobre par?metros perif?ricos e centrais no modelo de artrite induzido por CFA em camundongos, avaliando tamb?m seus efeitos sobre as a??es do f?rmaco anti-inflamat?rio dexametasona. Os protocolos experimentais foram aprovados pela Comiss?o de ?tica no Uso de Animais, da Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul (PUCRS; CEUA 9666). Noventa camundongos machos C57BL/6-Junib, livres de pat?genos espec?ficos, com um m?s de idade ao in?cio dos experimentos (20-25 g de peso corporal), foram divididos em dois grupos principais, mantidos em condi??es padr?o (SE) ou expostos a protocolos de EE. Os animais SE (n=45) foram alocados em gaiolas com dimens?o de 19,5 cm ? 36,5 cm ? 16,0 cm. Os camundongos dos grupos EE (n=45) foram mantidos em gaiolas medindo 33,5 cm ? 36,5 cm ? 16.0 cm, sendo expostos a est?mulos alternados a cada dois dias, a saber: roda de exerc?cios volunt?rios, ninhos de algod?o, t?neis de PVC, brinquedos de madeira at?xicos e rolos de papel. Decorridos sete dias do in?cio do EE, foi realizada a indu??o do modelo de artrite pela inje??o intraplantar do adjuvante completo de Freund (CFA), dilu?do em solu??o salina (NaCl 0,9%), na propor??o 1:1, em um volume de 50 ?L/pata (n=60; pata direita). Os animais do grupo controle (sem artrite; n=30) receberam o mesmo volume de solu??o salina. A indu??o do modelo foi realizada sob anestesia com mistura de quetamina (50 mg/kg) e xilazina (5 mg/kg), por via intraperitoneal. Grupos separados de animais que receberam CFA, mantidos em SE ou EE, foram tratados com o glicocorticoide, dexametasona (0,5 mg/kg, por via subcut?nea ? s.c.), a cada 48 h, a partir do primeiro dia de indu??o do modelo de artrite (n=30). Ao final da distribui??o, foram avaliados seis grupos experimentais com 15 animais/grupo: SE controle; SE CFA; SE CFA + dexametasona; EE controle; EE CFA e EE CFA + dexametasona. Os animais foram analisados nas fases aguda (24, 48 e 72 h) e cr?nica (7, 14, 21 e 35 dias) do modelo de artrite, em paradigmas experimentais de dor e inflama??o. A alodinia mec?nica e a sensibilidade t?rmica foram medidas atrav?s da utiliza??o dos filamentos de Von Frey (0,4 g, aplicados 10 vezes) e no aparato da placa quente, mantida em 50 oC, respectivamente. Como indicativo de inflama??o, foi medido o edema de pata em pletism?metro como a diferen?a de volume entre as patas direita e esquerda (em ?L). O escores de inflama??o articular tamb?m foram registrados, considerando: 0, nenhuma evid?ncia de hiperemia e/ou inflama??o; 1, hiperemia com pouco ou nenhum edema de pata; 2, edema confinado predominantemente ? regi?o articular, com hiperemia modesta; 3, aumento do edema na pata e hiperemia envolvendo a articula??o e metatarso, e 4, edema m?ximo da pata e hiperemia envolvendo as regi?es articulares, metatarso e tarso. Ao final dos 35 dias de avalia??o, os animais foram eutanasiados pela inala??o de isoflurano. Foram coletados o soro, o tecido plantar e o c?rebro dos animais. O soro foi armazenado em -80 oC para a medida posterior dos n?veis do fator de necrose tumoral (TNF), atrav?s do m?todo de ELISA. O tecido plantar e o c?rebro foram fixados em formol 10% e processados para an?lise histoqu?mica, em cortes de quatro ?m. As se??es das patas foram coradas com hematoxilina e eosina (HE) para medida do infiltrado inflamat?rio e da espessura da epiderme. Os c?rebros foram utilizados para a medida da ativa??o de c?lulas gliais, com o emprego dos marcadores IBA1 (c?rtex pr?-frontal) e GFAP (girus denteado), para micr?glias e astr?citos, respectivamente. A express?o do fator neurotr?fico derivado do c?rebro (BDNF) foi avaliada no hipocampo. Os dados foram analisados pelos testes de ANOVA ou Kruskal?Wallis, dependendo da distribui??o normal ou n?o, respectivamente. Valores de P<0,05 foram considerados como indicativos de signific?ncia. Os resultados obtidos demonstram que a interven??o EE n?o foi capaz de alterar a alodinia mec?nica ou a hipersensibilidade t?rmica induzidas pelo CFA, em compara??o ao grupo SE. Destaca-se que no tempo de 24 h ap?s a aplica??o do CFA, os efeitos analg?sicos da dexametasona foram mais pronunciados no grupo EE. Em rela??o aos par?metros inflamat?rios, a exposi??o a diferentes est?mulos ambientais nos grupos EE produziu efeitos anti-inflamat?rios per se, com indicado pela avalia??o do edema de pata em 72 h, e dos escores inflamat?rios em 24 h e 72 h. Os efeitos anti-inflamat?rios da dexametasona n?o foram alterados pelo EE na avalia??o do edema ou dos escores de artrite. Em rela??o ? avalia??o histol?gica do tecido plantar, os protocolos de EE foram capazes de reduzir a espessura da epiderme, com maiores efeitos anti-inflamat?rios para a dexametasona, sem alterar a intensidade do infiltrado inflamat?rio. Os n?veis s?ricos de TNF n?o foram detect?veis em nenhum dos grupos experimentais. Em rela??o ? ativa??o cortical dos astr?citos, n?o houve efeitos marcantes para o EE. Contudo, o grupo exposto ao EE apresentou um menor efeito inibit?rio para a dexametasona nesse par?metro. De forma interessante, a ativa??o de micr?glia foi significativamente menor nos grupos EE, independente do tratamento com dexametasona. Finalmente, o EE induziu aumento da express?o de BDNF no hipocampo dos animais controle e com artrite, um efeito que foi reduzido pela dexametasona. Em conjunto, os dados do presente estudo demonstram que o EE foi capaz de alterar par?metros inflamat?rios perif?ricos no modelo do CFA, com mudan?as na ativa??o de micr?glias e na express?o de BDNF no hipocampo. Ademais, em alguns par?metros, o EE modificou as respostas da dexametasona. Os dados obtidos sugerem claramente que as condi??es de manuten??o dos animais e os protocolos de EE podem modificar desfechos centrais e perif?ricos em modelos de inflama??o. Esses dados apresentam relev?ncia para o planejamento de ensaios pr?-cl?nicos voltados ao desenvolvimento de f?rmacos analg?sicos e anti-inflamat?rios.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Medicina e Ci?ncias da Sa?de}, note = {Escola de Medicina} }