@MASTERSTHESIS{ 2021:1866757358, title = {As repercussões do desemprego nas identidades profissionais de assistente social}, year = {2021}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9625", abstract = "A presente pesquisa versa sobre como os óbices provocados pelo mercado de trabalho – insuficiente em oportunidades e condições dignas de trabalho, inserção e permanência nos espaços ocupacionais com qualidade – podem impactar nas identidades profissionais de assistentes sociais. Compreendendo a identidade de uma profissão, a partir da teoria bourdeusiana, como um habitus interiorizado inicialmente a partir do campo social universitário, ou seja, no período da formação acadêmica e continuado através da prática, do exercício da profissão. Dessa forma, chega-se ao seguinte problema de pesquisa: Como o desemprego afeta as identidades profissionais de trabalhadores/as que possuem formação em nível superior em Serviço Social, considerando o exercício do trabalho profissional como parte fundamental dessa identidade? Como objetivo geral, busca-se analisar os impactos da não inserção no mercado de trabalho sobre as identidades profissionais de assistentes sociais. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, fundamentada, teoricamente, no método materialista histórico-dialético. É realizada uma pesquisa de campo, utilizando-se como instrumento um questionário online (para caracterização dos sujeitos da pesquisa), somado à técnica da bola de neve para abordagem e seleção dos sujeitos da pesquisa. Assim, o universo da pesquisa são bacharéis em Serviço Social e assistentes sociais desempregadas que se formaram e residem no Município de Santa Maria/RS, sendo a amostra composta por 4 participantes, através de uma entrevista semiestruturada. Para a análise dos dados, utiliza-se a análise de conteúdo, tendo como categoria final “identidade”. A partir dessa análise compreende-se que a questão da identidade profissional do Serviço Social perpassa diversos fatores, relacionados à herança da sua gênese no Brasil; ao processo de formação; à autoimagem vista pelas próprias agentes; ao exercício da profissão; e seus rebatimentos na vida cotidiana, bem sua relação com o coletivo profissional. Vê-se também que a questão do trabalho adentra o significado emitido por aquele que vive o desemprego; as particularidades do mercado de trabalho da profissão; as expectativas e o sofrimento do não-trabalho involuntário. Conclui-se que a identidade profissional é multiforme e a questão recorrente é que o tipo de habitus profissional é proveniente da formação acadêmico-profissional. Por fim, de fato, o não-trabalho, a não atuação impacta sobre a saúde mental de assistentes sociais e promove, gradativamente, um maior afastamento do universo profissional, incidindo, em alguma medida, sobre a sua identidade profissional. Contudo, cabe dizer que esse não é um fator limitante à identidade, uma vez que o contato com uma profissão – sobretudo, se, em algum momento, já tiver atuado enquanto assistente social – pode deixar marcas sobre a identidade pessoal do indivíduo e acabar se manifestando em sua vida cotidiana.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Escola de Humanidades} }