@PHDTHESIS{ 2020:1726553404, title = {Orientações pediátricas recebidas por pais de lactentes sobre hábitos de sono seguro e medidas de prevenção da síndrome de morte súbita}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9526", abstract = "Introdução: A Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) é definida como a morte repentina de uma criança com menos de um ano de idade, sem explicação, mesmo após investigação criteriosa, incluindo a realização de autópsia completa, exame do cenário da morte e a revisão da história clínica. Apesar da etiologia não estar definida, os fatores de risco, que são divididos em extrínsecos e intrínsecos, já são bem conhecidos e podem ser utilizados como medidas de prevenção. Objetivo: Verificar se os pais de crianças com idade entre 0-12 meses recebem orientações sobre hábitos de sono seguro e medidas de prevenção da síndrome de morte súbita do lactente em consultas pediátricas de puericultura. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, transversal de base populacional, que foi realizado através de plataforma digital, de forma on-line, utilizando o Software Qualtrics®, tendo como sujeitos pais de lactentes de 0-12 meses de idade que nasceram em todas as regiões do Brasil. O instrumento utilizado foi composto por 60 questões, divididas em grupos de perguntas, iniciando com 12 sobre a caracterização do perfil socioeconômico e a constituição da família, 18 sobre os dados de saúde perinatal e atual do lactente, seguido de 30 sobre os hábitos de sono, o conhecimento dos pais sobre a SMSL e a respeito da campanha “dormir de barriga para cima é mais seguro”. Permaneceu disponível de 28 de abril de 2019 a 18 de maio de 2020. Resultados: Participaram 642 pais de crianças entre 0 e 12 meses, 47,0% com idade entre 24 e 33 anos. Em relação aos hábitos de sono, 54,2 % dos pais relatam que colocam seu/sua filho(a) para dormir em berço próprio ao lado de sua cama enquanto 16,6% indicam que seus filhos ainda compartilham o leito. A posição escolhida para dormir é a de barriga para cima, conforme informado por 50,6% dos pais, mas 44,3% ainda utilizam a posição lateral, pois acreditam ser mais segura. Somente 12 (1,8%) lactentes foram expostos ao tabaco durante toda a gestação, 10 (1,5%) mães fumaram no início e 617 (96,1)% não fumaram. Em torno de um terço está recebendo aleitamento materno exclusivo no peito e 12,7% receberam aleitamento materno até os seis meses. A maioria dos pais (74,1%) menciona ter recebido a orientação correta (barriga para cima) sobre a posição adequada para dormir, 45,6% através do médico/pediatra e 12,7% por intermédio do enfermeiro. Portanto, a posição de dormir de barriga para cima foi a mais recomendada pelos pediatras. Quando questionados se teriam ouvido falar da campanha “dormir de barriga para cima é mais seguro”, 47,3% informaram que não, enquanto 279 (43,4%) disseram que sim. E, quanto ao questionamento se acreditam que colocar o bebê para dormir de barriga para cima pode salvar a vida dele, 273 (62,2%) afirmam que sim, mas ainda temos um número importante de 121 (27,6%) pais que dizem não ter conhecimento. Foi observada diferença significativa das regiões em relação à idade (p = 0,014), raça (p < 0,001), escolaridade (p = 0,001) e renda (p < 0,001). Em relação à idade, em todas as regiões, predominou a idade de 24 a 33 anos, no entanto, na região Oeste, os respondentes eram significativamente mais jovens e na região Sul, mais velhos. Com relação à raça, a branca predominou nos estados do Sul, Sudeste e Nordeste, e nas regiões Centro-Oeste e Norte, a parda. Quanto ao nível de escolaridade, a maioria dos respondentes possuía ensino médio completo ou eram formados, porém, houve diferença significativa entre a região Sul e a região Sudeste, onde os respondentes possuíam maior/menor escolaridade. Em relação à renda, a maioria dos respondentes encontra-se na faixa de 3 a 15 salários mínimos. Os salários foram significativamente mais elevados na região Sul e menores na região Oeste. Quanto à caracterização da assistência pré-natal, parto e local de consulta do lactente por região, foram observadas diferenças significativas entre as regiões relativas ao local de pré-natal (p <0.001), tipo de parto (p <0.001) e local de consultas pediátricas da atenção básica (p <0.001). Há predomínio de consultas de pré-natal na rede privada na região Sul, e no sistema público de saúde na região Norte. Há predomínio de partos vaginais nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte, a cesárea por opção destacou-se nas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste e a cesárea por necessidade nos estados das regiões Sul, Centro-oeste e Norte. No que diz respeito às consultas pediátricas na Unidade Básica de Saúde (SUS), somente no Norte houve predomínio de consultas, o restante realiza mais consultas em consultório privado. Quanto às características dos hábitos de sono, segundo as regiões geográficas, foi observado que há diferença significativa nas regiões em relação à posição normalmente utilizada para o sono (p <0.001) e quanto ao recebimento de orientação dos médicos pediatras/da atenção primária (p = 0,029). A posição supina foi a mais utilizada nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte. Médicos pediatras/da atenção primária orientavam mais frequentemente sobre a posição do sono nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Conclusões e sugestões: A orientação correta do pediatra, durante as consultas de puericultura sobre a posição do sono, reflete em práticas de sono seguro e maior conhecimento da SMSL. Chama a atenção o fato de que alguns pais continuam adotando condutas de risco, mesmo depois de ter recebido a orientação correta. Portanto, ainda é necessário retomar as campanhas para aprofundar o conhecimento sobre a SMSL e sensibilizar pais, avós, cuidadores e profissionais de saúde sobre a necessidade de cumprir as recomendações quanto à prevenção, sendo a única maneira de evitar a morte dos lactentes.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Escola de Medicina} }