@MASTERSTHESIS{ 2021:2123050236, title = {As experiências sociais de mulheres no tradicionalismo gaúcho : do passado idealizado ao presente construído}, year = {2021}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9495", abstract = "A cultura e suas diferentes manifestações culturais são um importante extrato para se pensar as relações sociais e as desigualdades de gênero nelas existentes. Nessa perspectiva, o presente estudo é resultado de uma pesquisa de Mestrado de natureza qualitativa e exploratória, que teve como objetivo geral compreender de que forma a representação da mulher no tradicionalismo gaúcho impacta as experiências sociais vivenciadas pelas mulheres integrantes de Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) e entidades tradicionalistas de Porto Alegre, na perspectiva de gênero e geração, a fim de contribuir para o processo de entendimento da realidade da mulher gaúcha na sociedade brasileira. Quanto aos objetivos específicos, esses foram: 1) Identificar como está representada a mulher no tradicionalismo gaúcho; 2) Compreender as experiências sociais das mulheres integrantes dos CTGs na perspectiva de gênero e geração; 3) Analisar os processos de participação das mulheres nos espaços de decisão dos CTGs. As entrevistas foram realizadas entre os meses de março e outubro de 2020, totalizando quinze participantes, sendo sete mulheres integrantes de CTGs e entidades tradicionalistas, quatro patroas — dirigente da entidade —, uma mulher integrante do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e três homens integrantes de CTGs. Por conta da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), que fez com que fossem determinadas medidas de distanciamento social, apenas três entrevistas foram feitas na modalidade presencial, as demais foram realizadas via software de comunicação on-line e ligações telefônicas. Todas as entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas. O tratamento dos dados foi realizado a partir da Análise de Conteúdo de Roque Moraes, pela qual pode-se perceber o caráter geracional que o tradicionalismo gaúcho apresenta, como as entrevistadas interpretam as questões acerca da igualdade de gênero dentro do movimento, assim como os amplos espaços em que atuam, seja nos cargos gerenciais ou nas competições das quais as entidades participam. A partir desse aporte foi possível chegar a algumas conclusões: as mulheres estão em todos os espaços e cargos no tradicionalismo gaúcho, mas ainda são minoria nos espaços de poder e decisão; as mulheres ainda vivenciam inúmeras expressões de desigualdade de gênero no movimento, ainda que nem sempre as percebam como tais; as patroas enfrentam muitas dificuldades e discriminações ao atuarem como dirigentes, entretanto, as mulheres consideram muito positiva a gestão encabeçada por mulheres; debates acerca do protagonismo das mulheres no movimento e discussões acerca das desigualdades de gênero têm ocorrido; as questões sobre a diversidade sexual e LGBTfobia ainda permanecem muito invisibilizadas, com poucas discussões e ações direcionadas para esse segmento e a população negra tem vivenciado uma abertura maior do tradicionalismo para com as questões raciais, mas o racismo segue existindo nos espaços tradicionalistas.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Escola de Humanidades} }