Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/4562
Tipo do documento: Dissertação
Título: Kony 2012 : ativismo civil e a vida moral no cibermundo
Autor: Pereira, Guilherme Mendes 
Primeiro orientador: Rüdiger, Francisco Ricardo
Resumo: A presente dissertação busca investigar os aspectos morais relacionados à veiculação na Internet da campanha humanitária KONY 2012, criada pela organização Invisible Children (IC) em 2012. Essa ação propôs que civis solicitassem às autoridades internacionais apoio militar ao governo de Uganda para que este conseguisse extinguir as ações de Joseph Kony, um líder de um movimento responsável pela consecução de diversos crimes hediondos. Esta pesquisa justifica-se pela necessidade de compreender os fenômenos comunicacionais e culturais cibermediados na atualidade, os quais têm colocado à prova modos de socialização e de organização política, parâmetros éticos e posicionamentos morais. Assim, o presente estudo é desenvolvido com observações e confrontações históricas e sociológicas, procurando entender as ambivalências e paradoxos das socialidades contemporâneas. Com base na matriz metodológica indicada por Rüdiger (2011), o fenômeno em tela é estudado em dois eixos: movimento e contramovimento. O movimento KONY 2012 trata-se de produções audiovisuais e comentários de texto que foram importantes para a popularização da causa. Já o contramovimento KONY 2012, além de produções audiovisuais e comentários de texto diversos, consiste também em ações que questionaram a campanha, intencionando pôr em xeque as suas mensagens e objetivos. Para conduzir as reflexões sobre o objeto, este estudo é orientado pelas discussões sobre moral e moralidade no mundo pós-moderno, tendo como principais referências Giddens (1991), Lipovestky (1994), Vattimo (1994) e Bauman (1997). Nesta investigação, percebeu-se que o movimento e o contramovimento KONY 2012 mostraram que, apesar da aparente inquestionabilidade da causa, a responsabilidade moral no contexto pós-moderno continua sendo complexa e problemática. Por um lado, registra-se a possibilidade de livre encontro com outros mundos e modos; de usufruir do livre-arbítrio enquanto experiência oscilatória entre pertença e desenraizamento na dita sociedade da comunicação generalizada. Por outro, a situação da moralidade nesse contexto revela a irresponsabilidade dos sujeitos: a experimentação e a fruição cotidiana, espontânea, do ser e o viver com base no sentido estético, parecem ser os interesses primordiais. Assim, discute-se que as ditas tecnologias emancipatórias não são favoráveis quando há carência de consciência e responsabilidade moral.
Abstract: This dissertation investigates the moral issues related to the circulation of humanitarian campaign KONY 2012 on the Internet, which was created by the organization Invisible Children (IC) in 2012. This campaign has asked people to request international authorities for military support to the Uganda s government so it can extinguish the actions of Joseph Kony, a leader of a movement responsible for the committal of many heinous crimes. This research is justified by the need to understand the cyber mediated communication and cultural phenomena, which put to the test modes of socialization and political organization, ethical standards and moral positions. Thus, this study is developed with observations and historical and sociological confrontations, seeking to understand the ambiguities and paradoxes of contemporary socialities. Based on methodological perspective indicated by Rüdiger (2011), this phenomenon is studied in two axes: movement and countermovement. The KONY 2012 movement consists in audiovisual productions and text comments that were important to the popularization of the cause. In its turn, the countermovement KONY 2012, in addition of severous audiovisual productions and text comments, also consists of actions that denied the campaign. To conduct the reflections about this subject, this study was guided by theoretical discussions about morals and morality in the postmodern world, based in Giddens (1991), Lipovestky (1994), Vattimo (1994) and Bauman (1997) perspectives. In this investigation, we realized that the movement and countermovement KONY 2012 showed that, despite the apparent unquestionability of the cause, the moral responsibility in the postmodern context remains complex and problematic. On the one hand, it records the possibility of free encounter with other worlds and ways; of the enjoyment of the free will, as an oscillatory experience between belonging and rootlessness in the society of generalized communication. On the other hand, the situation of morality in this context reveals the irresponsibility of subjects: the experimentation and the everyday spontaneous fruition, of the being and of the living on the basis of aesthetic sense, seem to be the best interests. Thus, we discuss that the said emancipatory technologies are not favorable when there is lack of awareness and moral responsibility.
Palavras-chave: COMUNICAÇÃO SOCIAL
MOVIMENTOS SOCIAIS
CIBERESPAÇO
CIBERCULTURA
ÉTICA
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO
Idioma: por
País: BR
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
Programa: Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
Citação: PEREIRA, Guilherme Mendes. Kony 2012 : ativismo civil e a vida moral no cibermundo. 2014. 132 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Mestre em Comunicação Social, 2014.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/4562
Data de defesa: 11-Mar-2014
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
456047.pdfTexto Completo6,16 MBAdobe PDFThumbnail

Baixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.