@MASTERSTHESIS{ 2020:534691985, title = {Incontinência urinária e mortalidade em nonagenários e centenários do Projeto AMPAL}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9215", abstract = "Introdução: O envelhecimento acarreta modificações fisiológicas que podem facilitar o surgimento de doenças crônicas, incapacitantes e progressivas, que comprometem a independência e autonomia das pessoas, principalmente os nonagenários e centenários. A incontinência urinária (IU) é um sintoma frequente na população idosa, considerado um dos grandes Gigantes da Geriatria. Por ser incapacitante e onerosa, pode gerar fatores que aumentam a fragilidade do longevo, afetando diretamente sua qualidade de vida e talvez a sua sobrevida. Objetivo: Estudar a influência da IU na mortalidade de nonagenários e centenários. Métodos: Nonagenários e centenários participantes do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL), identificados como tendo ou não IU na avaliação inicial de 2016 e acompanhados periodicamente até 30 de agosto de 2019, foram incluídos na presente pesquisa. No final do acompanhamento, foram identificados os participantes que faleceram por contato telefônico ou por consulta a lista de óbitos fornecida pela Central de Atendimento Funerário da Prefeitura de Porto Alegre. Inicialmente, foi realizada uma análise descritiva dos possíveis fatores relacionados à IU (covariáveis sociodemográficas, clínicas, de hábitos de vida e desempenho funcional). Para a análise de sobrevida, foi utilizado o tempo de acompanhamento, calculado pelo número de meses entre a primeira avaliação e a data do óbito para o grupo falecido, e a data do último contato para os participantes supostamente vivos. A análise foi realizada pela Regressão de Dano de Cox nos modelos simples, incluindo as covariáveis significativas na análise descritivas. Posteriormente, foi realizada a análise ajustada para a IU, objetivando entender a possível influência da condição sobre as covariáveis e a influência destas sobre a IU. Resultados: A prevalência de incontinência urinária foi de 56%, sendo 64%, entre as mulheres, e 38%, entre os homens (p<0,01). A presença de IU foi significativamente relacionada ao estado conjugal (p<0,01), com maior frequência entre os viúvos. Os incontinentes saíam menos de casa (p=0,0207), participavam menos de atividades sociais (p=0,0742), tinham maior número de doenças crônicas (p=0,0235) e sintomas depressivos (p=0,0800) e pior pontuação na avaliação cognitiva (p=0,0420). Os participantes com IU tiveram uma menor sobrevida, ainda que o resultado não tenha sido significativo (p=0,2292). Por outro lado, ser mais velho (p=0,0008), ter multimorbidades (p=0,0177), presença de sintomas depressivos (p=0,0025), sair menos de casa (p=0,0059), participar menos de atividades sociais (p<0,001) e ter pior funcionalidade de membros inferiores (MsIs) (p<0,001) foram variáveis significativas para uma menor sobrevida. Na análise ajustada, a presença de sexo masculino no modelo aumentou a predição da perda urinária de 29% para 33% a chance de apresentar óbito, apesar de não ser significativo (p=0,188). As variáveis mais impactadas pela IU no modelo para predição de óbito foram: presença ≥ 10 DCNT’s e > 3 sintomas depressivos. As variáveis que mais impactaram a predição de óbito pela IU foram: participação de atividades sociais, sair de casa, MEEM e desempenho de membros inferiores. Conclusões: A IU não foi preditor significativo de mortalidade, apesar da sobrevida menor. A presença da perda da urina terá menor impacto na mortalidade se o participante se mantiver saindo de casa, participando de atividades sociais, com cognição e desempenho de atividades de membros inferiores preservados.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica}, note = {Escola de Medicina} }