@MASTERSTHESIS{ 2020:340775829, title = {Transforma??es societ?rias em contexto p?s-golpe de 2016 e suas implica??es para forma??o presencial em servi?o social no Rio Grande do Sul}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9119", abstract = "A presente disserta??o ? resultado de pesquisa realizada com tem?tica que versa sobre forma??o presencial em Servi?o Social no estado do Rio Grande do Sul junto ao PPGSS da PUCRS. A investiga??o foi impulsionada pela seguinte pergunta: Como as atuais configura??es da educa??o superior no Brasil incidem na forma??o em cursos presenciais de Servi?o Social no RS? O ponto de partida desta investiga??o tem como enfoque anal?tico os desdobramentos hist?ricos e pol?ticos na atual conjuntura e tomou como ponto de partida o golpe de 2016, e suas repercuss?es na educa??o superior e na forma??o em Servi?o Social. Trata-se, do ponto de vista metodol?gico, de um estudo com enfoque misto que combina dados quantitativos e qualitativos. Ao abordar metodologicamente o objeto, o estudo considerou categorias anal?ticas da realidade fundamentadas no m?todo dial?tico-cr?tico como elemento propulsor da investiga??o, de modo que sintetize e expresse as contradi??es e media??es que venham a contribuir para an?lise do movimento da realidade no qual a forma??o profissional em Servi?o Social se constitui e faz parte. Essas categorias emergem do movimento dial?tico e contribuem para explicar a realidade, de modo que transita na hist?ria, teoria e m?todo com finalidade de elaborar s?ntese em torno do problema de pesquisa. Os resultados da pesquisa sinalizam a tend?ncia da forma??o como express?o da mercantiliza??o do ensino superior que, em raz?o da conjuntura pol?tica favor?vel ao mercado financeiro expressamente constitu?da p?s-golpe de 2016, encontra materialidade principalmente na EC 95/2016 e seus desdobramentos que reconfiguraram os modos de vida em escala societ?ria no Brasil. Neste sentido, as implica??es identificadas para a forma??o presencial em Servi?o Social no RS destaca-se nos seguintes pontos: 1) As condi??es hist?ricas em movimento frente as transforma??es societ?rias p?s golpe de 2016 indicam tend?ncia de destitui??o e/ou transi??o da forma??o presencial nas institui??es privadas para modalidade de ensino ? dist?ncia, revelando que, a forma??o presencial em Servi?o Social no RS futuramente prevalecer? nos cursos de natureza p?blica, somente; 2) Ao passo que os impactos societ?rios favorecem um conjuntura que est? propensa ? expans?o da modalidade EaD na esfera educacional, em tempo que essa modalidade toma mais for?a na educa??o superior e passa a disputar vagas com as IES presenciais, constatou-se um constante tensionamento acerca das novas formas de se educar, principalmente, refletidas na reformula??o e reestrutura??o de projetos pedag?gicos de cursos, que passaram a se reconfigurar constantemente de acordo com os moldes educacionais influenciados pelo mercado financeiro a forma que este dimensiona nas IES a racionalidade neoliberal expressa principalmente em seu car?ter concorrencial; 3) gradualmente, a constante reconfigura??o posta para a forma??o presencial se reflete na dilapida??o da forma??o cr?tica devido o lastro deixado pela l?gica concorrencial que vem ocorrendo entre as IES, que objetiva reduzir custos e maximizar resultados, ou seja, tende a explorar cada vez mais a for?a de trabalho de quem forma novos quadros profissionais sob condi??es prec?rias. No caso, expressos em flexibiliza??es e reformula??es curriculares, adequa??o de projetos pedag?gicos somados a polival?ncia do trabalho que aparece para assistentes sociais docentes, onde estes devem dar conta de ensino, pesquisa, extens?o, supervis?o de est?gio, orienta??o de trabalhos de conclus?o de curso, produ??o de conhecimento, planejamento de aulas entre outras atividades em tempo que os cursos vem reduzindo seus quadros de doc?ncia, cada vez mais se acarreta trabalho que se concentra no que resta desses quadros; 4) o impacto nas condi??es de trabalho de assistentes sociais docentes, revelam o abuso da relativa autonomia que assistentes sociais disp?e para exercer seu trabalho nas IES, em alguns casos, os atravessamentos institucionais que sobrecarregam o trabalho e imp?e flexibiliza??es e adequa??es aos cursos, por consequ?ncia, demonstram impactos diretamente na qualidade da forma??o de novos profissionais devido tensionamento do modelo sobreposto pela educa??o superior em seu sentido mercadol?gico ao projeto profissional e forma??o em Servi?o Social, consequentemente, esses impactos prejudicam a forma??o da identidade profissional e posteriormente, pode vir a refletir um perfil desqualificado para exercer a profiss?o, demonstrando que as IES podem vir a chancelar uma forma??o descompromissada com o que a categoria do Servi?o Social historicamente constituiu para seu projeto profissional e de forma??o. Esses resultados expressam a an?lise da realidade que caracteriza a configura??o da forma??o presencial no RS. O processo de pesquisa realizado neste trabalho recorreu a fontes te?ricas, documentais e contou com a participa??o de assistentes sociais que coordenam cursos presenciais no RS por meio de question?rio online para condensar dados emp?ricos. Diante das reflex?es expostas, se verifica a necessidade de intensificar e fomentar organiza??o coletiva da categoria do Servi?o Social para defender no ?mbito da forma??o e do trabalho profissional, condi??es de educa??o e forma??o assentada nos moldes da teoria social cr?tica. Essa defesa somada ? produ??o e dissemina??o de conhecimento sob essa luz te?rica cr?tica tamb?m ? estrat?gia de enfrentamento da ofensiva neoliberal e mercadol?gica identificada no processo investigativo. Como possibilidade de media??o poss?vel para o tempo hist?rico vivenciado h? de se reconhecer nas entidades representativas da categoria um catalisador de resist?ncia que, somadas ? outros segmentos da classe trabalhadora que partilham de valores aportados em princ?pios ?ticos do servi?o social, para al?m da forma??o, a defesa de um modelo de educa??o para al?m do capital como bandeira de luta ? compromisso e possibilidade hist?rica tanto de aproxima??o com objetivos comuns por uma ordem societ?ria mais justa na contraposi??o da ordem neoliberal, quanto da possibilidade de transformar as pr?prias IES, que tem a universidade como excel?ncia educacional e pode contribuir com a forma??o cr?tica da classe trabalhadora.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Servi?o Social}, note = {Escola de Humanidades} }