@MASTERSTHESIS{ 2019:1746990010, title = {Vogais tônicas e pré-tônicas do açoriano-catarinense : uma análise sociofonética}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9015", abstract = "O presente estudo tem por objetivo descrever as vogais tônicas e pré-tônicas do açoriano-catarinense a partir de uma perspectiva sociofonética. Para tanto, consideram-se os valores de F1 e F2 para a comparação dos espaços acústicos ocupados pelas vogais tônicas e pré-tônicas, comparativamente aos resultados apresentados por Lima (1991) e Pereira (2001) para a mesma variedade, e para o exame da influência dos contextos circundantes a essas vogais. São também observados os valores formânticos para as vogais altas em posição pré-tônica, fruto do processo de Harmonia Vocálica, a partir do condicionamento exercido pela altura da vogal gatilho na vogal alvo. A amostra considerada constitui-se por seis informantes, três homens e três mulheres, nascidos e criados em Florianópolis-SC, na região da Barra da Lagoa. Os dados foram obtidos a partir de gravações de experiência pessoal pertencentes à amostra Brescancini-Vale do Banco VARSUL. Os resultados para análise acústica sobre a pauta tônica e pré-tônica mostraram a influência dos contextos precedente e seguinte nos valores de F1 e F2. Com relação à influência dos contextos [+alto] e [+ anterior], constatou-se que para F2 os contextos [ + anterior] aumentam o valor de F2 quando se trata das vogais /o/ e /u/ em pauta tônica e pré-tônica e vogal /i/ em pauta pré-tônica. Constatou-se também a tendência à anteriorização da vogal /i/ e da vogal /u/, conforme já indicado por Pereira (2001). A comparação do espaço acústico entre vogais tônicas e pré-tônicas indica, conforme já mostrado por Moraes Callou e Leite (1996), que o sistema pré-tônico do açoriano-catarinense tende a ser mais compacto do que o sistema tônico, com exceção da vogal alta posterior. Com o auxílio da ferramenta Rbrul, a análise estatística mostrou, para as vogais tônicas, que as variáveis dependentes F1 e F2 não sofrem influência da vogal átona, diferentemente das consoantes adjacentes, principalmente do contexto seguinte. Quanto à F1, verificou-se que a variável independente contexto seguinte influencia a altura de /i/, /e/ e /a/ e o contexto precedente mostrou-se influente apenas para a vogal /a/. Os resultados para F2 indicaram a influência das consoantes em contexto seguinte para a vogal /u/ e em contexto precedente para a vogal /o/. No que se refere às vogais em pauta pré-tônica, as variáveis dependentes F1 e F2 sofreram tanto a influência das vogais seguintes quanto das consoantes adjacentes. Entre os resultados destacam-se, para F1, a influência da vogal seguinte para a vogal /a/ e a influência do contexto seguinte para a vogal /o/. Sobre F2, destacam-se a influência do contexto seguinte para as vogais /a/ e /i/, a influência das vogais seguintes para /a/, /o/ e /u/ e a influência do contexto precedente para as vogais /o/ e /u/. A investigação a respeito do alçamento das vogais no processo de Harmonia Vocálica e a comparação com as vogais fonológicas indicaram que o resultado se diferencia para o alçamento de /e/ e /o/. Há indícios de que a vogal alçada mostra maior altura (F1 mais baixo) quando está na presença de contextos adjacentes que costumam influenciar a elevação das vogais, porém quando a vogal está em contextos não considerados pela literatura variacionista como influenciáveis neste processo, a altura da vogal é menor (F1 mais alto).", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Escola de Humanidades} }