@PHDTHESIS{ 2019:796721234, title = {Cognição e reserva cognitiva em idosos : um estudo longitudinal}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8959", abstract = "No processo de envelhecimento há modificações nas condições biológicas, psicológicas e sociais do indivíduo, que podem trazer prejuízos na saúde mental e física, bem como a diminuição das funções cognitivas dos idosos. O conceito de reserva cognitiva vem sendo cada vez mais estudado, visando compreender como o cérebro se adapta aos processos de degeneração e compensa os déficits ocorridos decorrentes tanto de processos patológicos, quanto do envelhecimento normativo. A reserva cognitiva é um constructo hipotético, que é caracterizado pela discrepância entre a gravidade de uma patologia subjacente e as manifestações clínicas de idosos cognitivamente preservados. O modelo ativo de reserva cognitiva considera que a existência de diferenças individuais nas funções cognitivas ou neurais possibilitam às pessoas lidarem de forma mais efetiva com os danos cerebrais decorrentes do processo neurodegenerativo do envelhecimento normal. Objetivos: O objetivo geral desta tese foi investigar o funcionamento cognitivo, a reserva cognitiva e sintomas de ansiedade e de depressão em idosos não clínicos, em um intervalo de quatro anos. Para isso, foram realizados três estudos, um deles téorico, que objetivou identificar as variáveis que contribuem para a reserva cognitiva em idosos. Já os outros dois, trataram-se de estudos empíricos. O primeiro teve como objetivos comparar o funcionamento cognitivo de idosos no intervalo de quatro anos e identificar se as variáveis sociodemográficas explicavam a variação no funcionamento cognitivo de idosos em um intervalo de quatro anos. O segundo investigou as características sociodemográficas, funcionamento cognitivo, reserva cognitiva e sintomas de depressão e ansiedade dos idosos e verificou se essas variáveis contribuem para uma medida indireta de reserva cognitiva de idosos em um intervalo de quatro anos. Método: Trata-se de uma investigação longitudinal, em que foram avaliados 64 idosos não clínicos, residentes da grande Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, nos anos de 2013 e 2017. Os instrumentos utilizados na coleta dos dados foram: ficha de dados sociodemográficos e clínicos; Mini-Exame do Estado Mental (MEEM); Subtestes Códigos e Dígitos da Escala de Inteligência Wechsler para Adultos - WAIS-III; Trail Making Test (TMT); Fluência Verbal (categoria animal); Rey Auditory-Verbal Learning Test (RAVLT); Inventário de Ansiedade de Beck (BAI); Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15). A descrição dos dados foi realizada por meio de frequências absolutas (n) e relativas (%) para variáveis qualitativas, e por média e desvio padrão para variáveis quantitativas. Para verificar a associação entre as variáveis avaliadas foram utilizadas as Correlações de Pearson ou de Spearman, conforme distribuição dos dados, de acordo com o resultado do Teste Kolmogorov-Smirnov. Para verificar o poder preditivo das variáveis, foram realizadas Análises de Regressão Linear Múltipla. Foram analisados os pesos de regressão padronizados e não padronizados, intervalos de confiança, significância estatística e a variância explicada pelos modelos estabelecidos. Resultados: A maioria da amostra avaliada, 81,3%, foi de mulheres. A média de idade foi de 69,17 anos (DP = 6,12, amplitude de 60 a 83) na primeira etapa e de 73,19 anos (DP = 6,12, amplitude de 64 a 87) na segunda etapa. A média de anos de estudo foi de 12,67 anos (DP = 5,2) e 30,78 anos de atividade profissional (DP = 12,59). Em relação a diferença do desempenho cognitivo no intervalo de quatro anos, foi identificado que os participantes apresentaram declínio no funcionamento cognitivo global, memória episódica verbal tardia e velocidade de processamento. Já em relação aos componentes que contribuíram para uma medida indireta de reserva cognitiva, encontrou-se que a ansiedade foi a principal variável preditora, bem como a realização de atividades cognitivamente estimulantes, como o uso de aparelhos eletrônicos, aprendizagem de outro idioma, palavras cruzadas e anos de estudo, idade e morar com outra pessoa. Conclusão: Apesar das diferenças encontradas no desempenho cognitivo de idosos no intervalo de quatro anos serem estatisticamente significativas, ressalta-se que a diminuição nos escores não apontaram um declínio cognitivo. No entanto, demonstraram uma tendência de declínio cognitivo com o passar dos anos, mesmo em idosos não clínicos. Em relação às variáveis contribuintes para a reserva cognitiva, os resultados indicaram que a ansiedade se relacionou de forma negativa com reserva cognitiva, bem como a variável idade. Já a realização de atividades cognitivamente estimulantes, anos de escolaridade e morar com alguém foram consideradas como contribuintes para reserva cognitiva de idosos.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }