@MASTERSTHESIS{ 2019:1741729216, title = {O papel da narrativa ficcional na empatia e no julgamento moral}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8957", abstract = "O estudo do julgamento moral na psicologia tem se destacado a partir da revolução cognitiva e, especialmente, após a revolução afetiva com a mudança de um paradigma racionalista para um que destaca as emoções como centrais nos processos de tomada de decisão. O julgamento moral apresenta, portanto, processos de racionalização moral e intuitivos, relacionados ao afeto e à emoção. Considerando a empatia como sendo um processo emocional relevante no julgamento moral, diversos estudos têm discutido como a mesma afeta a nossa moralidade. Por um lado, a empatia como mecanismo evolutivo colaborou para a sobrevivência da nossa espécie facilitando o reconhecimento das emoções de indivíduos pertencentes ao mesmo grupo social. Desta forma, conseguir sentir e compreender como os outros se sentem incentivaria comportamentos pro sociais para com os membros do mesmo grupo. Por outro lado, é facilmente enviesada por conta da sua origem tribal, podendo minimizar o sofrimento de indivíduos de grupos sociais diferentes. A empatia tem sido apresentada como importante ao lermos narrativas ficcionais, facilitando a simulação dos estados mentais e emocionais do personagem pelo próprio leitor e tornando a leitura uma experiência emocional relevante. No entanto, a empatia utilizada ao ler narrativas ficcionais pode apresentar características diferentes daquela utilizada entre indivíduos. Por exemplo, ao invés de nos sentirmos como o personagem, sentiríamos pelo personagem. Diferentes estudos apontam que ao lermos narrativas ficcionais a empatia pode ser aumentada, facilitando o reconhecimento de emoções nos outros. Consequentemente, o presente estudo procurou compreender se a empatia e o sexo podem influenciar a moralidade ao lermos narrativas ficcionais. Com este objetivo, na presente dissertação foi desenvolvido um artigo empírico que testa o efeito moderador da empatia no julgamento moral a partir da leitura de narrativas ficcionais. 97 participantes (52 mulheres) foram randomizados para o grupo de narrativa ficcional ou o grupo controle. Cada participante preencheu o questionário de dados demográficos, a IRI, realizou o RMET e respondeu dilemas morais no T0. Três dias depois, no T1, os participantes realizaram uma leitura correspondente ao seu grupo e novamente responderam as medidas realizadas no T0. Nenhuma diferença entre grupos foi encontrada depois da leitura ficcional e não-ficcional. No entanto, um efeito de sexo foi encontrado com as mulheres apresentando menos julgamentos utilitaristas se comparadas aos homens. Além disso, o nível de empatia foi reduzido após a leitura não-ficcional e a Teoria da Mente (ToM) aumentou após ambas as leituras. Estes achados contradizem aqueles mostrando aumento da empatia afetiva e cognitiva promovida pela leitura de narrativas ficcionais.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }