@PHDTHESIS{ 2019:1522026614,
 	title = {Infância e reforma psiquiátrica no contexto da saúde mental no estado do Rio Grande do Sul},
 	year = {2019},
 	url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8922",
 	abstract = "Esta pesquisa buscou compreender as relações que a infância produz no campo da Reforma Psiquiátrica Brasileira. O reconhecimento da escassez de publicações nessa área juntamente com o cenário de desassistência à população infantojuvenil nas políticas públicas de saúde confirmam, assim, uma lacuna histórica de descaso e negligência enquanto pauta nas agendas da política. Dessa forma, o trabalho justifica-se pela defasagem entre as problemáticas de saúde mental de crianças e adolescentes e serviços articulados de diferentes políticas públicas capazes de produzir intervenções de prevenção e promoção de saúde mental para essa população. A questão norteadora da tese foi entender as noções de infância pautadas pelos profissionais de Psicologia que atuam em Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenis (Capsi) no Rio Grande do Sul. Entende-se que os Capsi´s são dispositivos estratégicos de atenção em saúde mental e articuladores de ações de cuidado em processos intra e extrassetoriais. Assim, o objetivo geral do estudo centrou-se em entender e analisar as concepções de infância e cuidado pautadas nas práticas de trabalho dos Capsi´s. Compreende-se que a noção de infância como um objeto de conhecimento da ciência é recente e apresenta diferentes vértices de analisibilidade. Os objetivos específicos direcionaram-se para investigar historicamente as noções de infância e cuidado em saúde mental e suas relações com o saber psiquiátrico no âmbito manicomial; entender como a infância vai se constituindo como um saber específico no campo da saúde mental no Rio Grande do Sul, na interface com o saber psicológico; mapear como se configuram as redes de cuidado em saúde mental infantojuvenil em diferentes municípios do Estado e conhecer as práticas de cuidado de profissionais da Psicologia nos Capsi´s. Para construir respostas a esses objetivos, foi conduzida uma pesquisa qualitativo-exploratória, de inserção etnográfica, com nove psicólogas que trabalham em Capsi´s de cinco municípios do estado do Rio Grande do Sul. Foram realizadas observações participantes e entrevistas semiestruturadas nos serviços com o intuito de compreender as especificidades dos locais e do trabalho das profissionais . A análise dos dados foi sistematizada a partir da Análise Temática proposta por Minayo, uma vez que permite analisar diferentes contextos a partir de significantes, estruturas sociológicas dos enunciados articulados aos processos psicossociais e ao contexto social e cultural. Os resultados apontam que há uma ambivalência na noção de infância nas profissionais frente às demandas do serviço que ora se sustenta a partir de uma perspectiva romantizada e idealizada de infância, ora em um olhar mais contextual e social. Embora haja avanços na política de saúde mental infantojuvenil, observam-se as precariedades da rede e os inúmeros obstáculos na construção de intervenções intersetoriais. Desse modo, este trabalho faz uma reflexão crítica sobre esse cenário e aponta alguns caminhos para o enfrentamento desses desafios.",
 	publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul},
 	scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia},
 	note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida}
}