@PHDTHESIS{ 2019:1938614563, title = {O olhar europeu através da tapeçaria das índias : a circulação de imagens do Brasil nos séculos XVII e XVIII}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8914", abstract = "No século XVII, com a ocupação de parte do território brasileiro pela Companhia das Índias Ocidentais holandesa, um processo planejado de registro artístico e etnográfico iniciou-se, com a vinda de artistas como Albert Eckhout (1610–1665) e Frans Post (1612–1680). Entre 1637 e 1644, produziu-se um acervo considerável transportado à Europa pelo governante e patrocinador Conde Maurício de Nassau (1604–1679). Estabelecida a circulação de imagens do Brasil holandês na Europa, tais obras e outros objetos do acervo material foram expostos ou distribuídos para as casas reais e a nobreza. O trânsito de tais imagens ocorreu dentro de um circuito que era permeável a imagens de outras procedências, inclusive africana. As imagens foram reproduzidas em gravuras e livros de viajantes, ganhando novos suportes e versões em terras europeias. Tapeçarias produzidas na França receberam os temas brasileiros (ou das Índias). O processo da circulação das imagens que vieram a compor a Tapeçaria das Índias é o objeto central desta tese. As referidas tapeçarias, produzidas pela Manufatura dos Gobelins, encontram-se em séries: Anciennes Indes (1687), confeccionada com pinturas atribuídas a Albert Eckhout; e Nouvelles Indes (1735), com pinturas de Alexandre-François Desportes (1661–1743), que realizou uma releitura da versão original. As tapeçarias, seus antecedentes e a contextualização de sua produção são o pano de fundo para o eixo da investigação sobre a circulação das imagens, suas funções e migrações. Para isso, trabalhou-se um corpus de imagens: as que antecederam a representação do Brasil (ou das Índias) na Tapeçaria das Índias; os cartões (modelos) da Tapeçaria das Índias; e a Tapeçaria das Índias como produto final. A Tapeçaria das Índias é portadora de imagens de conhecimento e circulação global manifestadas por meio dos motivos exóticos de terras de fora da Europa, apesar de ter como base um retrato da natureza brasileira do século XVII. Isso não ocorreu somente porque tais imagens sofreram adaptações e compilações, mas também porque as próprias imagens geradoras têm uma historicidade, isto é, estão conectadas em redes visuais e sofrem transformações. Para atender à tese, a pesquisa aborda três eixos norteadores, que foram desenvolvidos ao longo de todos os capítulos: a visão europeia sobre o Brasil/Índias; a autoria das imagens da Tapeçaria das Índias; e a circulação das imagens.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Escola de Humanidades} }