@PHDTHESIS{ 2019:1238217767, title = {Prática de danças tradicionais do Rio Grande do Sul como fator de proteção para a mobilidade, experiência de quedas e qualidade de vida em idosos}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8839", abstract = "Introdução: O crescimento da população idosa no Brasil é um fenômeno notável e consolidado sob o ponto de vista estatístico. Em decorrência desse fenômeno, há uma necessária preocupação no que concerne à atenção integral da saúde dessas pessoas. O envelhecimento humano é um processo universal, dinâmico e progressivo que acarreta em transformações morfológicas, bioquímicas, psíquicas, sociais e funcionais. Tais modificações resultam na diminuição da capacidade funcional sistêmica do idoso, reduzindo e limitando a capacidade do organismo, podendo deixá-lo mais vulnerável ao surgimento de doenças e de restrições funcionais. Objetivo: Este estudo visa avaliar se o hábito de praticar danças tradicionais do Rio Grande do Sul constitui-se como um fator protetor para a mobilidade corporal, ocorrência de quedas e qualidade de vida em indivíduos idosos moradores da região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Método: Foi realizado um estudo do tipo caso-controle, que visa verificar se o hábito de praticar dança regionalista do Rio Grande do Sul confere proteção quanto aos desfechos anteriormente mencionados. A amostra foi constituída por 54 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos de idade, de quaisquer gêneros, divididos em dois grupos, praticantes (caso) e não praticantes (controle) da dança regionalista do Rio Grande do Sul. Todos os idosos que aceitaram participar da investigação em pauta não possuíam restrições clínicas para a realização dos testes avaliativos propostos. Resultados: Os resultados demonstram que os idosos que praticam dança regionalista do Rio Grande do Sul distinguiram-se, significativamente, em diversos aspectos dos que não a praticam, evidenciando melhor mobilidade, autopercepção de qualidade de vida e menor experiência de quedas. Entretanto, a análise de regressão logística binária revelou efeitos discretos em relação à previsibilidade dessas variáveis de mobilidade, equilíbrio e quedas para determinar o hábito de dançar: a) especificamente a cada ml de água derramada no teste do Timed Up and Go em dupla-tarefa motora (TUG-DT) existiu uma chance 6% menor de o idoso pertencer ao grupo praticante de dança; b) além disso, o fato de o indivíduo não ter experienciado quedas elevou em 3,78 vezes as chances deste pertencer ao grupo praticante das danças tradicionais gaúchas, embora o achado apresente uma significância limítrofe. Por fim, verificou-se uma associação independente entre obter escores mais elevados no Mini exame do estado mental (MEEM) e na autopercepção de qualidade de vida com o hábito de dançar, bem como uma redução na quantidade de medicamentos de uso contínuo nesse grupo. Conclusões: Pode-se concluir que o hábito da prática de danças tradicionais do Rio Grande do Sul, provavelmente, confere benefícios independentes discretos quanto ao equilíbrio dinâmico dos idosos moradores da região Noroeste do estado e contribui para uma melhor qualidade de vida e, outrossim, a dança talvez reduza as chances de que seus praticantes experienciem quedas da própria altura. Assim, sugere-se a condução de ensaios clínicos controlados e randomizados para melhor compreender o real potencial terapêutico protetivo que as danças tradicionais do Rio Grande do Sul, eventualmente, conferem à população idosa.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica}, note = {Escola de Medicina} }