@PHDTHESIS{ 2019:168801081, title = {Para além da escolha individual : um modelo de escolha social justificada}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8717", abstract = "A presente tese é uma proposição otimista de um modelo de escolha social que seja capaz de manter a potência formal da análise lógica dos mecanismos de escolha sem perder de vista os argumentos filosóficos mais básicos sobre a vida social justa. Trata-se da busca por uma solução que melhor se adeque a realidade social em face da falência aparente dos atuais mecanismos de eleição nas sociedades democráticas contemporâneas. Para isso é necessário que se avalie atentamente as condições de racionalidade estabelecidas, considerando os requisitos formais de desempenho lógico, tais quais historicamente desenvolvidos na teoria da escolha coletiva, tendo em vista uma resposta viável que não apenas represente um somatório de escolhas individuais, mas traduza uma verdadeira escolha social. Nesse ínterim, é necessária a avaliação da possibilidade de cooperação, haja vista as concessões individuais que devem tomar lugar num modelo de escolha social. Na busca da tradução da vontade individual em termos intersubjetivos, analisar e entender os motivos que levam o indivíduo a cooperar, passa a ser questão fundamental. Uma teoria da evolução da cooperação ajuda-nos a compreender o que leva o indivíduo a abrir mão da posição puramente egoísta sem perder de vista a racionalidade inerente a escolha individual. A solução que se apresenta é um procedimento em duas etapas. A primeira fase consiste no estabelecimento do equilíbrio cooperativo. A segunda, na manutenção e reequilíbrio da cooperação estabelecida. Para a segunda parte do procedimento foi escolhido o modelo discursivo de justificação recíproca como alternativa para imprimir decisões autônomas, cooperativas e não autoritárias. Nesse modelo deve haver espaço sempre aberto para a deliberação e uma racionalidade justificada que garanta a autonomia, a não arbitrariedade e que sirva, analogamente, como estratégia majoritária para coibir a atuação nãocooperativa. A justificação, nestes termos, passa a ser considerada não só como direito (Recht auf Rechtfertigung), mas como dever recíproco, visando suprir o déficit informacional na tomada de decisão. A abordagem da escolha justificada e recíproca aqui proposta passa a funcionar como um planejador central que, munido das declarações dos próprios agentes, é capaz de avaliar melhor a racionalidade que informa a decisão social podendo, inclusive, prever e detectar eventuais erros e anomalias, tanto no processo de seleção como nos resultados da escolha.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Escola de Humanidades} }