@PHDTHESIS{ 2019:523985160, title = {Por uma carta ao [meu] pai : travessias entre vida, escrita, literatura, psicanálise e genealogia}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8700", abstract = "Pai? Onde está você? Pai? Quem é você? Pai? Entre relações de poder e relações de desejo, filhas e filhos buscam o pai. A partir de um formato epistolar e pela referência de Carta ao pai (1919), de Franz Kafka, escrevi uma série de quatro correspondências para refletir sobre o pai e a paternidade. E sobre o meu pai. Estas cartas estão pensadas pela minha perspectiva de filha-autora-pesquisadora em diálogo com outras filhas e outros filhos. Por uma genealogia do pai elaborada pelo filho(a). Além de Kafka, há o diálogo com Sibylle Lacan, a filha de Jacques Lacan. Com base na analítica do poder, de Michel Foucault, a primeira parte das correspondências está concentrada entre relações de poder – no binômio presenças-ausências. Para tanto, recorro a uma pesquisa acerca da história da paternidade ocidental e da história social e cultural da família no Brasil para delimitar onde o pai (não) está e qual a sua função social na família. Na segunda parte, questiono quem é o pai?, entre relações de desejo, para isso, recorro às teorias psicanalíticas de Sigmund Freud e Jacques Lacan. A investigação sobre o pai, desde o complexo de Édipo, o pai Urvater, de Totem e Tabu (1913), e o pai-guia de Moisés e o monoteísmo (1939), perpassa toda a obra freudiana, pois o parricídio original apresenta-se como fundamental na constituição da subjetividade. O retorno à psicanálise freudiana de Jacques Lacan transcende o complexo de Édipo, re-escreve a teoria e alcança uma pluralização dos Nomes-do-pai. Na terceira parte, estão situadas as cartas com a análise teórico-crítica de cinco romances da literatura brasileira contemporânea, entre relações de poder e relações de desejo. O diálogo dos narradores(a) autodiegéticos(a) filhos(a) de Lavoura arcaica (1975), de Raduan Nassar, Reunião de família (1982), de Lya Luft, e Ribamar (2010), de José Castello, acontece com o filho Kafka: entre relações de poder. O diálogo da narradora autodiegética de Mar azul (2012), de Paloma Vidal, acontece com Sibylle Lacan: entre relações de desejo. No espaço entre relações de poder e relações de desejo, entre presenças e ausências, estão outras subjetividades afetivas para outros pais e outras famílias, assim como no romance Azul-corvo (2010), de Adriana Lisboa. A última carta é a carta ao meu pai. Nesse espaço do entre também estão os Bilhetes ao [meu] pai e a reunião das cartas perdidas. Pai? Receba as minhas cartas. As cartas são para você, pai. Da sua filha.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Escola de Humanidades} }