@MASTERSTHESIS{ 2019:708337549, title = {Taxonomia integrativa : combinando dados morfológicos e moleculares no estudo de pareiorhaphis hystrix (siluriformes, loricariidae)}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8487", abstract = "Loricariidae é a maior família de Siluriformes, com espécies amplamente distribuídas na região Neotropical. Pareiorhaphis hystrix apresenta ampla distribuição, ocorrendo no alto e médio rio Uruguai e no rio Taquari, da bacia da Laguna dos Patos, sul do Brasil. Análises prévias detectaram variações morfológicas ao longo da sua distribuição e, dessa forma, este trabalho testou a coespecificidade nas várias áreas de ocorrência. Foram utilizados espécimes de seis áreas da bacia do rio Uruguai: rio Chapecó, rio Pelotas, rio Ijuí, rio Passo Fundo, médio rio Uruguai e rio Canoas; e três na bacia do rio Taquari: alto rio das Antas, médio rio das Antas e rio da Prata. Para a análise morfológica, foi realizada uma análise de variância (ANOVA) para os dados merísticos e uma análise de componentes principais (PCA) e discriminante linear (LDA) para dados morfométricos. A análise molecular utilizou quatro genes mitocondriais (coI, cytb, 16S e 12S), sendo analisadas as diversidades de nucleotídeos e de haplótipos, a distância genética, a variância molecular (AMOVA), a delimitação de possíveis espécies através do método Generalized Mixed Yule Coalescent (GMYC) e as relações filogenéticas por inferência Bayesiana. Para dados merísticos, a ANOVA apresentou alguns valores significativos (p<0,05) (por exemplo, número de dentes do pré-maxilar, número de dentes do dentário), sendo observado, de forma geral, uma diferenciação significativa entre as duas bacias hidrográficas, com exceção do rio Pelotas, que se mostrou mais relacionado à bacia do Taquari. Para os dados morfométricos, a PCA indicou uma tendência de sobreposição entre áreas, enquanto a LDA separou as bacias do rio Taquari e do rio Uruguai, com exceção do rio Pelotas, que também ficou melhor agrupado às áreas do Taquari, sendo as medidas com maior poder discriminatório o comprimento do pedúnculo caudal (LDA1) e o comprimento do espinho anal (LDA2). Além disso, exemplares adultos da bacia do Uruguai apresentaram pequenas placas sobre o cleitro, ausentes naqueles do rio Taquari e Pelotas. Para os dados moleculares, o alinhamento de 2.518 pares de bases (genes concatenados), apontou uma diversidade nucleotídica inferior a haplotípica, sugestivo de expansão recente. A rede de haplótipos concatenada apresentou maior diferenciação entre as áreas, com cada localidade portando haplótipos exclusivos e não compartilhados, embora seja observado poucos passos mutacionais entre haplótipos. AMOVA sugeriu estruturação genética (diferenciação entre as áreas = 50,6%; FST = 0,5*, cytb), melhor observada pelos valores de FST par-à-par. A análise de delimitação de espécies por coalescência (GMYC) não foi eficiente na separação interespecífica, tanto para o coI quanto para o cytb, e apesar de ambos sugerirem a presença de distintas OTUS, essa separação não é clara nas demais análises realizadas. As duas áreas geneticamente mais distintas nesse trabalho foram o rio Chapecó e o rio Passo Fundo. De forma geral, os dados apontam para uma variação morfológica sutil por bacia hidrográfica. Por sua vez, as análises genéticas indicam uma leve estruturação populacional por área geográfica, mas ainda não há diferenciação suficiente entre os exemplares para sugerir diferentes espécies. A análise conjunta dos dados morfológicos e moleculares permite concluir que Pareiorhaphis hystrix é composta por uma única espécie biológica.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade}, note = {Escola de Ciências} }