@MASTERSTHESIS{ 2018:119716520, title = {Adequação proteica e desfechos em pacientes internados em unidade de terapia intensiva pediátrica}, year = {2018}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8401", abstract = "Introdução: O estresse, em resposta à lesão aguda, é caracterizado por um aumento no catabolismo proteico. Crianças, durante a internação na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, acumulam déficits substanciais de proteína que exercem efeitos negativos não só sobre o seu estado nutricional, como também sobre os desfechos clínicos, como maior tempo de internação hospitalar, maior risco de infecções e maiores taxas de mortalidade. O suporte nutricional, durante a doença crítica, é essencial para fornecer quantidades satisfatórias de energia e proteína para atenuar os efeitos do catabolismo, favorecendo a resposta inflamatória e preservando a massa muscular. Objetivos: Avaliar a adequação proteica na dieta prescrita aos pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, e a relação com os seguintes desfechos: mortalidade, tempo de internação, necessidade de ventilação mecânica e falências orgânicas. Métodos: Estudo observacional de coorte retrospectivo, realizado através da revisão de prontuários. Foram selecionados pacientes que internaram na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um hospital Universitário no Sul do Brasil, no período de 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2016. Foram incluídos os pacientes com idade a partir de 29 dias, que receberam dieta enteral via sonda e/ou dieta por via parenteral durante os primeiros dez dias de internação na unidade. As variáveis coletadas incluíram dados demográficos, escore de gravidade segundo o Pediatric Index of Mortality 2, a prescrição diária do volume de dieta a ser ofertado ao paciente, o valor energético e proteico da dieta prescrita, tempo de internação, necessidade de ventilação mecânica e mortalidade. Considerou-se como meta proteica, 70% do valor mínimo recomendado para idade pela American Society for Parenteral and Enteral Nutrition. Realizou-se a avaliação antropométrica a partir da aferição do peso e estatura. O índice de massa corporal para idade (IMC/I) foi o parâmetro escolhido para avaliar o estado nutricional dos pacientes. As variáveis contínuas com distribuição normal foram comparadas através do teste t de Student e as variáveis contínuas com distribuição assimétrica foram comparadas através dos testes de Mann-Whitney ou Kruskal Wallis. As variáveis categóricas foram comparadas através do teste Qui-quadrado ou Risco Relativo. As diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. Resultados: Um total de 352 pacientes foram incluídos no estudo. A avaliação antropométrica através do IMC/I na admissão encontrou 15,9% dos pacientes com classificação de desnutrição e 10,5% foram classificados com excesso de peso. A meta proteica foi atingida por 37,5% dos pacientes, e demonstrou uma associação significativa com disfunções orgânicas, sepse e mortalidade. Conclusão: A prescrição de energia e proteína foi inadequada em grande parte dos pacientes avaliados. A inadequação proteica foi associada com mortalidade na amostra estudada. A implementação de diretrizes de suporte nutricional, com foco no início precoce da nutrição enteral e prescrição nutricional adequada pode otimizar a entrega de nutrientes e melhorar os desfechos clínicos nos pacientes.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }