@MASTERSTHESIS{ 2018:99162113, title = {Prevalência, mortalidade e fatores associados ao muito baixo peso ao nascer em 4 coortes de nascimentos de Pelotas, Brasil}, year = {2018}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8208", abstract = "A prematuridade é um problema de saúde global que resulta em alta morbimortalidade, principalmente em bebês que nascem com menos de 32 semanas de idade gestacional e menores que 1500 gramas de peso (muito baixo peso ao nascer – MBPN). Atualmente, a prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil e, a estimativa é que, a cada ano, nasçam 15 milhões de prematuros no mundo. Sequelas em curto e em longo prazo são amplamente conhecidas nesses recém-nascidos como doenças pulmonares, cardiovasculares, metabólicas, neurológicas, infecciosas, além de problemas de visão e de audição. Consequências emocionais e financeiras estão sendo observadas nas famílias, assim como um alto custo nos sistemas de saúde. Para auxiliar na compreensão desta tendência ao longo das últimas décadas deste grupo de recém-nascidos foi realizado este estudo, que visou verificar a prevalência, a mortalidade e a associação com alguns fatores de risco. Para isto, foram utilizados dados das coortes de nascimentos de Pelotas dos anos de 1982, 1993, 2004 e 2015 que contemplam todos os nascidos vivos na cidade no ano em questão. Cada nascimento foi computado e medidas antropométricas incluindo o peso foram realizadas. Após o nascimento foi aplicado às mães um questionário perinatal. A mortalidade foi identificada por meio de visitas a hospitais, cemitérios, tabelionatos e cartórios, sendo, a partir de 2004, avaliada por meio do SIM (Sistema de Informação de Mortalidade). Ao longo desses anos, nasceram vivos 225 indivíduos pesando <1500g, que representaram o nosso objeto de estudo. Além de estudar este grupo específico também observamos a evolução da prevalência de nascimentos por grupos de peso ao nascer e a mortalidade neonatal (até 28 dias de vida) dividida por peso. As análises de número de nascimentos e de mortalidade foram descritivas. Para as tabelas de contingência (peso ao nascer e mortalidade por peso) foi utilizado o teste de qui-quadrado para proporções e para correlacionar os fatores de risco foi empregada a regressão de Poisson com variância robusta. Os resultados demostraram que houve um aumento significativo da prevalência de MBPN a partir do ano de 2004, a qual se manteve alta em 2015. Foi observada uma redução importante na mortalidade neonatal ao longo dos anos, tanto desse grupo específico quanto da mortalidade em geral. Sobre os fatores de risco estudados, houve relação significativa entre menor renda familiar (principalmente entre os 60% mais pobres e os 40% mais ricos) e MBPN, mas não foi encontrada relação entre MBPN e idade materna ou tipo de parto. Com este estudo foi possível agregar conhecimento e demonstrar a tendência deste grupo de recém-nascidos ao longo de 33 anos e correlacionar alguns fatores de risco, em uma cidade de porte médio que pode representar grande parte da realidade brasileira. Para promover a diminuição da prevalência, mortalidade e morbidade dos recém-nascidos de MBPN, é imprescindível que haja investimentos na prevenção, assim como na assistência a estes recém-nascidos. Comitês e protocolos de prevenção estão sendo criados em diferentes partes do mundo. Esperamos chamar atenção para este grupo de bebês, contribuir com os nossos dados e influenciar novos estudos sobre este tema tão relevante.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }