@PHDTHESIS{ 2018:532773035, title = {Utopias autônomas - as máquinas irracionais da natureza : a ressignificação ética do paradigma cosmológico}, year = {2018}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8124", abstract = "O presente estudo aborda as contingências da arte inventiva [Ars inveniendi], e tem como referência a esfera das utopias concretas desenvolvida por Ernst Bloch em sua obra Princípio Esperança. O nível de contingências gerado pelo dinamismo cego da natureza tenciona a esperança esclarecida [docta spes] e os artefatos do homo utopicus. A natureza assume um comportamento potencialmente passivo, bem como, potencialmente ativo. Na sua efetividade alcança um grau de autonomia singular e passa a responder por “natureza geradora de natureza”, natura naturans, determinando desta forma a dimensão das utopias-autônomas. A autonomia destas utopias responde por eventos, não previsíveis, inconsequentes que podem ameaçar o futuro da humanidade. De outro lado, a radicalização do antropocentrismo desconhece a linguagem da natureza, acentuando a distância entre homem e natureza, recepcionando nesta perspectiva o pensamento de Bloch, Henri Bergson e Hans Jonas. Neste sentido, o estudo tem como objetivo propor uma forma de exteriorizar a subjetividade da natureza a fim de determinar uma possível reconciliação ética da unidade originária. Exteriorizar a subjetividade da natureza significa recorrer a um método que permita integrar homem e natureza no ambiente cosmocêntrico. Destarte, a metodologia adotada para exteriorizar a subjetividade da natureza recorre ao conceito da física ótica do princípio do caminho inverso e também tem como referência a obra de Schelling “Filosofia da Natureza”. A maioria dos filósofos de sua época parte do seu eu consciente para o objeto e faz na sua consciência representação do real; Schelling percorre o caminho inverso: faz o objeto vir à consciência do ser humano e recepciona na sua consciência a representação do real. A perspectiva inaugurada neste estudo permite identificar uma forma de manifestação da natureza na potencialidade passiva e ativa, bem como, a ausência de fundamentos éticos ainda não apropriada pelos imperativos categóricos da unidade originária; a máxima que propõe que a universalidade só encontre fundamento na racionalidade do sujeito moral, não contempla a subjetividade da natureza. Confabular com a subjetividade da natureza pressupõe uma reflexão no tempo contínuo, um “vir-a-ser”, durée, inerente à evolução da unidade originária, portanto um “ainda-não” [noch-nicht] aberto ao futuro.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Escola de Humanidades} }