@MASTERSTHESIS{ 2018:1009556694, title = {Conselhos gestores de unidades de conservação : espaços de aprendizagem através da participação social}, year = {2018}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8080", abstract = "Esta dissertação tem como objetivo analisar os processos de aprendizagem que ocorrem durante a participação social em dois conselhos gestores de unidades de conservação no estado do Rio Grande do Sul. A opção por um espaço de participação social demonstra a consonância deste trabalho com teorias que abordam a aprendizagem como produto da prática social, considerando de forma dialógica aspectos dos sujeitos, o ambiente e o contexto histórico-cultural em que se desenvolvem. Assim a Teoria da Atividade, que teve como origem os estudos de Lev S. Vigotski e possui desdobramentos até os dias atuais, com destaque as contribuições de Alexie Leontiev e Yrjö Engeströn, apoiam a discussão teórica desse trabalho. A perspectiva de Jean Lave e Ettiene Wenger sobre a aprendizagem situada em comunidades de prática e as formulações propostas pelo antropólogo Tim Ingold, que leva a pensar os processos de aprendizagem sob a ótica do sujeito enquanto “ser-no-mundo”, também aportam reflexões acerca do tema proposto. Como estratégia metodológica foi desenvolvida uma pesquisa com abordagem qualiquantitava, tendo o estudo de caso como base. A partir da perspectiva da motivação para se tornar conselheiro de uma unidade de conservação, considerando que o motivo, de acordo com Leontiev, designa aquilo em que a necessidade se concretiza como objetivo nas condições consideradas e para as quais a atividade se orienta, as observações evidenciaram a presença de três grupos distintos: conselheiros que já apresentam em sua trajetória envolvimento com questões ecológicas e visam principalmente a efetivação da unidade de conservação; a comunidade de entorno e residentes da área que sofreram mudanças em seu modo de reprodução cultural e para os quais o conselho funciona como espaço de aproximação e negociação com a gestão e; pessoas que mantêm vínculo econômico com a implantação da unidade, cujo a motivações estão relacionadas à efetivação da mesma, mas com abertura e estrutura suficiente para a realização de suas atividades. Além dos objetivos específicos de cada grupo, a participação dos diferentes sujeitos converge para um objetivo imediato fundamental, o aprender a ser conselheiro. A representatividade foi um aspecto muito destacado nas falas dos participantes da pesquisa, já que a identificação do conselheiro com o grupo pode atribuir maior legitimidade. A afirmação da identidade exige por parte dos conselheiros tolerância e empatia com as diferentes opiniões e realidades que emergem nos conselhos, sendo que todos os entrevistados atribuíram grande importância a convivência com as diferenças como forma de aprendizagem. A conclusão aponta que as aprendizagens nos conselhos de unidades de conservação são oportunizadas por meio das relações estabelecidas, seja nas experiências prévias e externas aos conselhos, que contribuem para a formação da identidade e motivação dos conselheiros, como também nas trocas e tensões que se estabelecem dentro do contexto desses colegiados, por meio do entrelaçamento entre diferentes atores (com diferentes motivações e visões de mundo), o contexto em que se situam e a forma com que a natureza converge para integra-se a esse contexto.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Escola de Humanidades} }