@PHDTHESIS{ 2017:1428862869, title = {Avaliação do desempenho clínico de próteses dentárias totais fixas implantossuportadas (PDTFIs) : estudo retrospectivo}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7888", abstract = "A alta prevalência de pacientes edêntulos associada a pobre retenção das próteses totais convencionais, combinada com as altas taxas de sobrevivência de implantes dentários e uma maior da demanda por odontologia estética, resultou em um aumento no número de restaurações fixas fornecidas aos pacientes. Entretanto, como toda técnica, esta também não é ausente de falhas e essas podem ocorrer devido a problemas relacionados com a biomecânica do conjunto prótese/implante. Essas complicações podem ser de origem biológica ou técnica, sendo a primeira relacionada a processos que afetam os tecidos de suporte peri-implantar e a segunda a danos mecânicos do implante, componentes de implantes e próteses. Devido à escassez de estudos clínicos relatando complicações em próteses dentárias totais fixas implantossuportadas (PDTFIs), essa tese teve como objetivo avaliar taxas de sobrevivência de implantes e próteses, assim como as principais complicações observadas em pacientes reabilitados com PDTFIs após terem sido acompanhados pelo período de, pelo menos, um ano. Também teve como objetivo avaliar o grau de satisfação dos pacientes. Através dos registros eletrônicos, a partir de critérios de inclusão, foram selecionados pacientes edêntulos que foram reabilitados com próteses suportadas por pelo menos quatro implantes dentários de superfície tratada entre janeiro de 2000 e dezembro de 2015 na Divisão de Pós- Graduação em Prótese da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Tufts (Boston, MA, USA). Nestes pacientes, um exame compreensivo multidisciplinar composto de história médica e dentária, exame clínico envolvendo exame periodontal e exame das próteses, análise radiográfica e fotografias foi realizado. Também foi feito a comparação entre PDTFIs fabricadas com cerâmica (metalocerâmicas ou livres de metal) (Grupo 1) e PDTFIs metaloplásticas (Grupo 2). Além disso foi aplicado um questionário sobre a satisfação do paciente de forma geral, em relação a estética, a mastigação, ao paladar, e a fonação após o tratamento. Para a análise dos dados, as curvas de estimativas de Kaplan-Meier foram utilizadas para prever a sobrevivência dos implantes e das próteses. Foi feito o teste quiquadrado e o teste exato de Fisher quando apropriado e ainda a análise de regressão logística. Foram analisados 457 implantes (Nobel Biocare, Biomet 3i, Straumann) suportando um total de 71 PDTFIs em 52 pacientes (média de idade de 65,5 anos), com um período médio de acompanhamento de 5,2 anos (intervalo de 1 a 12 anos). Destas próteses, 38 eram em maxila e 33 em mandíbula (19 maxilas edêntulas, 14 mandíbulas edêntulas, 19 ambas as arcadas); 55 eram fabricadas em cerâmica (metalocerâmicas ou livres de metal) (Grupo 1) e 16 eram metaloplásticas (MP) (Grupo 2); 36 eram cimentadas e 35 eram retidas através de parafusos. Apenas 6 implantes tiveram que ser removidos, resultando uma taxa de sobrevivência de 98,7%. De 71 próteses, 6 falharam (1 cerâmica e 5 MP), apresentando uma taxa de sobrevivência de 91,5%. Um total de 274 complicações biológicas foram registradas em 63 próteses (47 cerâmicas e 16 MP), sendo a grande maioria recessão do tecido gengival ao redor do implantes (7,7%), seguida de inflamação nos tecidos moles abaixo das próteses (7,4%), e mucosite peri-implantar (6,3%). Recessão de tecido mole foi a complicação mais frequente em ambos os grupos, não sendo observadas diferenças estatisticamente significativas para qualquer complicação biológica entre o Grupo 1 e o Grupo 2. Foram observadas 274 complicações técnicas em 57 próteses (42 cerâmicas e 15 MP), sendo as mais frequentes o desgaste do material protético (9,8%), a decementação da peça protética das PDTFIs retidas através de cimento (2,9%), e perda do material de recobrimento do parafuso protético das PDTFIs retidas por parafusos (2,7%). A taxa de desgaste do material protético foi de 7,3% para PDTFIs cerâmicas (Grupo 1) e 19,4% para PDTFIs metaloplásticas (Grupo 2), resultando em uma diferença estatisiticamente significativa entre os dois grupos (p < 0,05). Na avaliação de satisfação do tratamento recebido, a maior insatisfação foi em relação a capacidade de mastigar (12%). Contudo, de uma forma geral, 94% dos pacientes demonstraram-se satisfeitos. Com um tempo médio de exposição de 5,2 anos, pode-se esperar elevadas taxas de sobrevivência de implantes e de reconstruções com próteses dentárias totais fixas implantossuportadas, presença de complicações biológicas e técnicas, e um elevado grau de satisfação dos pacientes.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Odontologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde} }