@PHDTHESIS{ 2012:556466550, title = {Qualidade de vida, sintomas depressivos, aspectos psicossociais e clínicos de doadores vivos de rim após a doação}, year = {2012}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7788", abstract = "INTRODUÇÃO: Quando se discute a doação inter vivos em transplante, o foco da atenção na maior parte das vezes é o receptor de órgão. Afinal, ele é o doente, o paciente, o motivo do desenvolvimento do processo que culmina em cirurgia para substituição de função. No entanto, o doador é parte implicada e fundamental no procedimento, tanto que ao contrário do outro, é um sujeito hígido que torna-se paciente. Aceita mutilação, após identificação empática com aquele cuja qualidade de vida encontra-se modificada por uma disfunção O sujeito doador que oferece uma parte de seu corpo para transplante está legando um inestimável presente e quem recebe o órgão aceita o presente sem preço. Dar e receber um presente com este valor talvez seja o mais importante nesta história recheada de significados do transplante de órgãos humanos. Este extraordinário presente, por outro lado, não é uma transação privada entre o doador e o receptor. Pelo contrário, ocorre dentro de uma complexa rede de relacionamentos pessoais que se estende para famílias, médicos e todos os membros da equipe de saúde que estão envolvidos na operação. Dentro desta rede de relações, uma complexa troca ocorre, pela qual,consideravelmente, mais do que o órgão é transferido. (FOX & SWAZEY, 1978). OBJETIVOS: Conhecer o perfil do sujeito doador e sua percepção após a doação de rim em transplante renal. METODOLOGIA: O estudo proposto foi observacional,exploratório e transversal. Os dados analisados de forma qualitativa e quantitativa. Os sujeitos foram convocados a participar do estudo, avaliados clinica e psicologicamente (aplicação dos instrumentos SF-36 e Escala de Depressão de Beck, além de estruturada). A amostra estudada foi composta por 47 indivíduos. O tempo médio pós-doação dos sujeitos avaliados foi de 4 anos. RESULTADOS: A principal relação entre o doador e o receptor foi materna, sendo neste caso as características: mulher, ao redor dos 45 anos, com sobrepeso, consangüínea com o receptor, com escolaridade de ensino fundamental incompleto, vivendo com companheiro e filhos. Clinicamente, após a doação, os doadores apresentaram, em sua maioria, sobrepeso (IMC 27,6), pressão arterial dentro dos limites da normalidade (123 ± 18,1/78,5 ± 10 mmHg) e função renal normal (creatinina sérica média de 1,28 mg/dl e ausência de proteinúria [proteinúria em amostra urinária de 0,0456 mg/g de creatinina]). A cirurgia de transplante foi realizada por vídeolaparoscopia em 74,5% e por cirurgia aberta 25,5% . A qualidade de vida, avaliada através do SF 36, apresentou uma variação entre 59,2 ± 24,9 (Vitalidade) até 79,4 ± 24,3 (Capacidade funcional). A depressão pode ser classificada da seguinte maneira: 33 (70,21%) com depressão mínima, seis (12,70%) com depressão leve, 5 (10,63%) com depressão moderada, e 3 (6,30%) com depressão grave. Quanto ao fator parentesco, 11 doadores eram não-parentes e 36 eram parentes. Em sua maioria,(87,3%), os doadores mantém contato com os receptores, 28(59,6%) referem que o relacionamento não mudou após a doação, 24( 51,1%) referem que tiveram alguma limitação emocional, 11(23,4%) referiram que a dor que sentiram foi o aspecto mais negativo da doação, 40(85,1%) disseram que ver o receptor bem foi o aspecto mais positivo, 5(10,6%) se sentiram pressionados para doar e 4( 8,5%) se arrependeram de doar. CONCLUSÃO: Conclui-se que foi possível conhecer o perfil dos doadores e sua percepção após a doação de rim em transplante renal.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Escola de Medicina} }