@PHDTHESIS{ 2017:1122220839, title = {Impacto de diferentes colonizações bacterianas sobre o estado nutricional, função pulmonar e gravidade clínica em pacientes com fibrose cística}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7630", abstract = "Introdução: A fibrose cística é uma doença genética autossômica recessiva, caracterizada principalmente por obstrução e inflamação das vias aéreas que leva a instalação crônica de microrganismos. As infecções agudas e/ou colonizações crônicas levam a um progressivo declínio da função pulmonar que evolui para falência respiratória, principal causa de morte entre estes indivíduos. Apesar dos avanços alcançados na sobrevida, aspectos relacionados a infecções ainda necessitam ser revisados. Assim, o objetivo principal do estudo foi avaliar o impacto de diferentes colonizações bacterianas sobre o estado nutricional, função pulmonar e gravidade clínica em pacientes com fibrose cística (FC). Métodos: Trata-se de um estudo de coorte, retrospectivo onde foram incluídos pacientes com diagnóstico confirmado de FC, com idade > 3anos e que apresentassem os dados completos em um banco de dados de um serviço de referência em fibrose cística e/ou disponíveis nos prontuários médicos. Foram coletadas informações antropométricas (peso e estatura para fins de cálculo de IMC) e verificação do estado nutricional, dados clínicos de gravidade, colonizações presentes nas secreções das vias aéreas além da função pulmonar (VEF1, CVF e VEF1/ CVF). Todos os dados coletados se tratavam da avaliação anual desses sujeitos, entre o período de 2009 a 2013. Para fins estatísticos, utilizou-se o teste de Friedman (pós-teste de Dunn’s) e o teste U de Mann Whitney. Resultados: Foram incluídos 68 pacientes com FC de um total de 80 que são acompanhados regularmente pelo serviço, sendo 57,4 % do sexo masculino com idade média de 10,35 anos no início do estudo. Ao longo do seguimento de cinco anos (média de 3,55 anos) o estado nutricional (p=0,743) e o escore de gravidade clínica (p=0,235) permaneceram estáveis. Houve uma redução estatisticamente significativa da relação VEF1/CVF ao longo do acompanhamento (do ano 2 para o ano 3 e do ano 2 para o ano 5; p<0,05). As colonizações mais frequentes foram a Staphylococcus aureus sensível a Oxacilina (MSSA) (29,8-46,3%), seguidas da Pseudomonas aeruginosa (PA) não mucóide (8,5-19,4%), Complexo Burkholderia Cepacia (CBC) (4,9-21,3%), PA mucoide (2,4-6,5 %) e Staphylococcus aureus resistente a oxacilina (2,4- 16,1%). Os pacientes que foram colonizados ao longo do estudo por MRSA (p=0,040) apresentaram uma redução do VEF1 (p=0,004) e da CVF (p=0,005) no ano 5, em comparação aos não colonizados por essa bactéria. Além disso, os indivíduos com PA não mucoide apresentaram redução (p=0,007) da CVF. Conclusões: Nossos achados demonstram que a colonização bacteriana por Staphylococcus aureus resistente a oxacilina e por Pseudomonas aeruginosa não mucóide está relacionada a piora na função pulmonar (VEF1 e CVF). Todavia, não foi observado impacto das diferentes colonizações sobre o IMC e sobre o escore de gravidade clínica de Shwachman-Kulczycki ao longo dos 5 anos. Palavras-chave: Microbiologia, estado nutricional, testes de função respiratória, prognóstico, fibrose cística.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }