@MASTERSTHESIS{ 2017:1034065819, title = {Relação entre traumas na Infância e depressão em idosos cadastrados na Estratégia de Saúde da Família}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7602", abstract = "Introdução: examinar os fatores que estão associados à manifestação da depressão ampara-se no fato de ela ser uma doença de alta prevalência em idosos. Além disso, a exposição às situações adversas, principalmente no período da infância, parece ter importante influência na manifestação da depressão. Objetivo: estudo transversal que visa examinar a relação entre maus-tratos na infância com depressão em idosos, a partir do banco de dados originado pelo Estudo Epidemiológico e Clínico dos Idosos cadastrados na estratégia de saúde de Porto Alegre (EMI-SUS). Método: a amostra é aleatória e composta por 449 idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Porto Alegre e que vivem em baixa condição socioeconômica. Foi estimada a prevalência de situações adversas sofridas na infância, reportada por idosos e medida através do Questionário de Traumas Infantis (CTQ), com o intuito de examinar associações com fatores sociodemográficos e depressão geriátrica atual, obtida através da Escala de Depressão Geriátrica de 15 itens (GDS-15). Resultados: a amostra foi prevalentemente feminina (64,1%), com idade entre 65 e 75 anos (46,1%), de brancos/caucasianos (67,2%). A maioria detinha nível de educação formal muito baixa, de 4 anos ou menos (35,4%), com uma parcela significativa de analfabetos (25,8%). Quanto à renda, 57,7% da amostra recebia valor menor do que 1 (um) salário mínimo ou não tinha nenhuma renda (8%). A depressão foi mais prevalente em idades mais avançadas (31,6%), negros (33,9%), analfabetos (39,7%), sem renda (44,1%) e divorciados (33,2%). Em relação às experiências de maus-tratos, muitos sujeitos relataram ter sofrido algum tipo abuso ou negligência durante a infância (35,7%). Observaram-se frequências mais altas nos relatos de Negligência Emocional (47,3%) e Abuso Emocional (43,5%). Os subtipos de maus-tratos apresentaram odds ratio e IC 95%: Negligência Emocional [2.822 (1.698-4.692)], Abuso Emocional [2.252 (1.351-3.754)], Negligência Física [1.912 (1.179-3.103)], Abuso Físico [1.754 (1.076-2.861)], sendo que todos foram associados independentemente com a depressão geriátrica atual. A depressão grave foi associada de forma significativa com Abuso Emocional [4.193 (1.752-10.036)], Negligência Emocional [3.543 (1.489-8.429)] e Abuso Físico [3.014 (1.245-7.296)]. Na sobreposição de maus-tratos, no modelo ajustado, uma razão de chance crescente de depressão geriátrica atual foi encontrada, em que foram associadas de forma significativa para dois [3.298 (1.600-6.796)], três 3.108 (1.359-7.111), quatro [3.813 (1.643- 8.933)] e cinco [4.394 (1.300-14.853)] experiências de maus-tratos. Uma relação crescente entre sobreposição de maus-tratos e depressão foi observada nos grupos com depressão grave, sendo significativos os resultados da sobreposição de três [4.570 (1.286-16.235)] e de quatro [5.666 (1.602-20.034)] tipos de experiências de maus-tratos Conclusões: os principais achados mostram que indivíduos que apresentaram depressão geriátrica atual relataram ter sofrido mais abuso e/ou negligência física e emocional. Ademais, há indícios que abuso e negligência emocional em conjunto com a sobreposição de experiência de maus-tratos têm contribuído para a severidade da depressão. Ressalta-se que esses elementos foram encontrados dentro de um contexto relevante, de uma população homogênea, multiétnica, de baixa renda e de baixa escolaridade", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica}, note = {Instituto de Geriatria e Gerontologia} }