@MASTERSTHESIS{ 2016:457363861, title = {A construção de "caixas" de marabaixo na comunidade quilombola do Curiaú : uma abordagem etnomatemática}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7491", abstract = "Este estudo tem como objetivo analisar o modo como foram gerados, organizados e difundidos os saberes matemáticos envolvidos na confecção de “caixas” de marabaixo na comunidade quilombola do Curiaú, localizada no Município de Macapá, Estado do Amapá. Com relação ao caráter exploratório desta pesquisa, na qual não se busca dados que podem ser quantificados, assume uma abordagem qualitativa de cunho etnográfico. Fundamenta sua base teórica em alguns pressupostos que alicerçaram toda a investigação, sejam eles: cultura; etno; etnia; Etnomatemática. Para o conceito de cultura utilizou-se dos aportes de Tylor (1871), Geertz (1973), Laplantine (2007) e Herskovits (1973). Os conceitos de etno e etnia tiveram como referência as produções de D’Adesky (2001) e Ferreira (2013). A partir das perspectivas de Ferreira (1997, 2013), Knijnik (2012), Barton (2002, 2006) e D’Ambrosio (1989, 1990, 1998, 2002, 2004, 2009) aborda a Etnomatemática, considerando a definição do Programa Etnomatemática dada por D’Ambrosio como o mais fecundo para abordar o tema e o foco desta pesquisa. Para constituição dos dados destinados à análise utilizou-se de entrevistas semiestruturas realizadas com três artesãos pertencentes à comunidade e observações. Como método de análise, foram seguidas as orientações de Moraes e Galiazzi (2011) acerca da Análise Textual Discursiva. Elenca três categorias a priori: Geração de saberes; Organização de saberes; Difusão de saberes. Em relação aos saberes gerados na confecção das “caixas” reconhece que surgiram a partir da preocupação de um participante ativo da comunidade em não permitir que esse saber seja esquecido, saberes esses que não são relacionados ao que é ensinado na escola. A geração desses saberes se dá a partir da observação dos seus antepassados, e da prática a partir dos os ensinamentos ocorridos dentro da comunidade. Verifica na organização desses saberes a necessidade de reorganização daqueles que foram gerados de pai para filho, devido às influências sofridas no meio político, econômico e cultural, e do aprimoramento da matéria-prima para construção das “caixas”. Mostra que a difusão é realizada a partir da realização de oficinas para popularizar o saber, e também da comercialização das “caixas” como forma de subsistência. Embora que os artesãos possuam um baixo grau de escolarização, eles reconhecem a existência de uma matemática na confecção da “caixa”, principalmente relacionada ao processo de venda e orçamento do material a ser utilizado. Contudo, por meio das observações verifica-se que conceitos matemáticos como, por exemplo, cilindro, figuras planas, área, volume e perímetro, estão presentes durante o processo de construção da “caixa”. Finaliza reconhecendo o papel do artesão na preservação da cultura local, sugerindo que tais saberes podem ser tratados na escola.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática}, note = {Faculdade de Física} }