@MASTERSTHESIS{ 2017:994283047, title = {Estresse de minoria, fatores familiares e saúde mental em homens homossexuais}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7425", abstract = "O estigma sexual negativo e a exposição a manifestações de preconceito podem levar a consequências negativas para a saúde mental e o bem-estar de indivíduos homossexuais. A teorização sobre tais impactos levou à formulação do modelo de estresse de minoria (minority stress) e a estudos que investigam o papel desempenhado pela família frente a essas experiências. Esta dissertação de Mestrado tem o objetivo geral de verificar e compreender relações entre exposição a preconceito e violência, fatores familiares e problemas de saúde mental em homens homossexuais. Para tanto, foram desenvolvidos dois estudos empíricos. O Estudo 1, intitulado “Estresse de Minoria, Estilos Parentais, Maus Tratos e Saúde Mental em Homens Homossexuais”, teve o objetivo de investigar a relação entre estresse de minoria, estilos parentais, histórico de maus tratos na infância e indicadores de problemas de saúde mental em uma amostra composta por homens adultos homossexuais. O delineamento do estudo foi quantitativo, transversal, correlacional e retrospectivo. Participaram 101 homens brasileiros autoidentificados como homossexuais e com idades entre 18 e 55 anos. Os instrumentos incluíram: a) Questionário de dados sociodemográficos; b) Escala de Estigma Imposto; c) Escala Reduzida de Homonegatividade Internalizada; d) Inventário de Encobrimento da Identidade Sexual; e) Escala de Estilos Parentais Responsividade e Exigência; f) Maltreatment and Abuse Chronology of Exposure Scale (MACE); g) Depression Anxiety Stress Scale (DASS-21). De modo geral, os resultados indicaram que a maioria dos participantes já havia sido vítima de manifestações de preconceito e violência motivadas pela orientação sexual. Por meio das análises de correlação, identificou-se que a responsividade dos pais ou cuidadores se associou à menor ocorrência de maus tratos na infância, experiências de estigma imposto e depressão na idade adulta. Embora as médias tenham apontado para baixos indicadores de problemas de saúde mental, o encobrimento da identidade sexual foi preditor de depressão, ansiedade e estresse. Verificou-se, também, que os maus tratos perpetrados por pares também contribuíram para explicar o estresse. Já o Estudo 2, intitulado “Revelação da Orientação Sexual, Preconceito e Violência: Qual o Papel dos Pais?”, objetivou compreender o processo de revelação da orientação sexual, experiências de preconceito e violência motivadas pela orientação sexual e percepções sobre o papel dos pais frente a essas situações vivenciadas por homens adultos homossexuais. O delineamento do estudo foi qualitativo e exploratório. Participaram sete homens autoidentificados como homossexuais e com idades entre 19 e 33 anos. Os participantes responderam a uma entrevista semi-estruturada que ocorreu individualmente. A análise foi realizada por meio da Análise Temática. A partir das entrevistas pôde-se identificar que os participantes do estudo realizaram a revelação da orientação sexual de forma voluntária para os pais. As reações iniciais dos pais foram consideradas negativas, sendo que a maioria não ofereceu suporte emocional aos filhos. As experiências de preconceito e violência iniciavam na infância e faziam parte do cotidiano dos entrevistados na forma de deboches, humilhações e agressões físicas. Apesar de gerarem sentimentos de raiva e tristeza, temas relacionados ao preconceito e à violência não eram tratados com os pais.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Humanidades} }