@PHDTHESIS{ 2017:1178899488, title = {Autonomia do idoso : avaliação da capacidade da tomada de decisão e associação com depressão maior}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7244", abstract = "INTRODUÇÃO: No Brasil, nas últimas décadas, a população de idosos cresceu significativamente, elevando-se a média etária de expectativa de vida ao nascer. Os agravos de doenças, principalmente mentais, nessa faixa etária são de preocupação geral, sendo a depressão a mais frequente, já considerada problema de saúde pública. Decorrentes do aumento do número desses indivíduos ocorrem reflexos em diversas áreas, sendo a jurídica uma delas, carecendo maior cuidado e respaldo devido a sua vulnerabilidade. Assim, instrumentos jurídicos de proteção devem estar relacionados com a realidade vivenciada pelos idosos e seus agravos de saúde, que podem afetar as questões legais. OBJETIVO: O presente trabalho teve como objetivo criar e validar um instrumento capaz de avaliar a capacidade de decisão, além de aplicá-lo em idosos com depressão maior atual antes e após o tratamento. MÉTODO: Para sua realização, esta pesquisa foi dividida em três etapas: criação, validação e aplicação em idosos com depressão maior atual. Na etapa I, criou-se um instrumento que foi avaliado por juízes avaliadores, sendo as respostas baseadas na Escala Likert. Foram avaliadas clareza, ambiguidade, pertinência e se cada uma das perguntas correspondia a apenas uma resposta. Na etapa II, foi aplicado esse instrumento em idosos que faziam parte do Programa de Envelhecimento Cerebral (PENCE) da Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre, em parceria com a PUCRS. Os idosos não podiam ter déficit ou declínio cognitivo, nem doenças neuropsiquiátricas, sendo aplicado os instrumentos Vellori e GDS para essa verificação. Na etapa III, foi realizado uma coorte, em que idosos com depressão maior atual e sem declínio ou déficit cognitivo foram atendidos pela equipe de psiquiatras do HSL-PUCRS, no ambulatório do PENCE. Estes realizaram tratamento por seis meses. A escala desenvolvida na etapa I e validada na etapa II foi aplicada nesses idosos, antes e após o tratamento. Foram utilizados os testes Vellori, GDS, MINI-PLUS e Addenbroocke. Esta pesquisa somente teve início após a aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da PUCRS. RESULTADO: Na etapa I, se obteve um instrumento com 30 questões finais. Na etapa II, para cada pergunta desenvolvida foram entrevistados 10 idosos, totalizando 300 idosos ao final. A validação desse instrumento se deu pelo cálculo de alfa de Crombach, em um total do alfa de 0,814, mostrando confiabilidade e validade da escala desenvolvida. Esse instrumento, após o cálculo do alfa de Crombach, foi finalizado com 18 questões e está dividido em quatro domínios: atividade diária, gestão financeira, autogestão e bem-estar. Resultou assim a ESCADE: Escala de Avaliação de Capacidade de Decisão. Na etapa III, foram entrevistados 48 idosos com depressão maior atual, antes e após o tratamento. Eles também foram comparados com indivíduos do grupo-controle. Foi possível verificar que há alteração na autonomia dos idosos no momento em que foram diagnosticados com depressão maior atual, havendo melhora após o tratamento. Quando comparados ao grupo-controle, o resultado não se alterou. CONCLUSÃO: Após o desenvolvimento da presente pesquisa, foi possível concluir que se está diante de um instrumento capaz de auxiliar tanto a equipe da área da saúde, em especial os médicos que necessitam realizar laudos, quanto os magistrados que se deparam, não raras as vezes, com casos em que requer sua decisão sobre a incapacidade. Hoje a ESCADE se faz ainda mais relevante diante da tomada de decisão apoiada, uma vez que é possível, pelos domínios apresentados, identificar a área exata em que necessita de um apoiador.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica}, note = {Instituto de Geriatria e Gerontologia} }