@PHDTHESIS{ 2016:98790512, title = {A tonalidade da razão : a historicidade da música em Hegel e o caso Schoenberg}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7059", abstract = "Esta tese é construída sob uma abordagem transdisciplinar, que articula filosofia e musicologia. O problema relaciona-se com a historicidade da música, o tratando conceitualmente por meio da filosofia de Hegel, em uma relação com duas concepções harmônicas da história da música acadêmica: a concepção tonal e a concepção dodecafônica, representada nesta tese por seu criador, Arnold Schoenberg. Os conceitos principais a serem apresentados envolvem aquilo que é necessário para tratar a filosofia e a historicidade da música em Hegel, de maneira que o primeiro capítulo traça o seguinte caminho: (1) apresentase uma visão global da filosofia de Hegel, em que se tem a lógica como base de sustentação, de forma que trata-se da concepção ampliada de razão em Hegel, mostrando como a relação entre os elementos lógicos e ontológicos da tríade universal-particular-singular, como a perspectiva da negatividade como elemento ontológico fundamental, a tríade lógica do entendimento, da razão dialética e da razão especulativa e, finalmente, a ferramenta lógica da Aufhebung, são as bases conceituais da filosofia hegeliana, que tem sua expressão lógica unificada no conceito de Ideia; (2) na segunda parte tem-se uma abordagem do conceito de Geist, no qual a concretização autorreflexiva da razão se realiza por meio da gênese reflexiva do humano no campo teórico (Geist subjetivo), prático (Geist objetivo) e cultural (Geist absoluto). Nesta abordagem geral, busca-se situar a arte, de forma que as capacidades do sujeito teórico (a saber, a intuição, a representação e o pensar) são relacionadas com as formas de saber ao nível cultural (Geist absoluto), onde são encontradas a arte, a religião e a filosofia; (3) na terceira parte deste capítulo situa-se a história no contexto do Geist, onde a consciência de si dos povos os traz ao processo histórico, culminando na busca pela unidade global dos povos, que Hegel chama Geistgeschichte; no que segue, é situada a arte no contexto do Geist absoluto e das Lições sobre Filosofia da Arte, em que o conceito e o fenômeno da arte são distinguidos nos seus três níveis conceituais: o nível universal, em que é encontrado o conceito geral da arte, o Ideal; o nível particular, que aborda a manifestação histórica da arte de acordo com as formas de consciência que elas representam; e o nível singular, relacionado com os materiais e os sentidos das manifestações artísticas. No segundo capítulo trata-se das formas de razão musical, inciando com uma abordagem de Hegel sobre a música e como esse se prende ao modelo harmônico tonal, falhando ao não reconhecer a historicidade imanente da música; segue-se com a abordagem da razão musical tonal, para na terceira parte abordar o dodecafonismo de Schoenberg como representante da razão musical atonal. O terceiro e último capítulo busca relacionar o evento da concepção harmônica de Schoenberg com a filosofia da arte de Hegel, de maneira que é reconhecido o desenvolvimento lógico de inferencialismos musicais ao longo da história, assim como a música na história do pós fim da arte hegeliana enquanto autorreflexão e manifestação estética do Geist absoluto na sua interioridade.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Escola de Humanidades} }