@MASTERSTHESIS{ 2016:1578783169, title = {Validação do escore prognóstico Pediatric Index of Mortality (PIM 3) em uma unidade de terapia intensiva no Brasil}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7027", abstract = "Introdução: Escores prognósticos são ferramentas úteis na avaliação da eficácia de tratamentos, risco de mortalidade e qualidade de serviços, possibilitando comparação entre diferentes UTI (Unidade de Terapia Intensiva), além de implementação e melhorias de protocolos de tratamento e políticas de saúde pública. O PIM (Pediatric Index of Mortality) é atualmente um dos escores prognósticos mais utilizados na pediatria, tendo sido aperfeiçoado gerando o PIM 2 e mais recentemente o PIM 3, este último até o momento não validado em países em desenvolvimento. Objetivos: Validação do PIM3 em um hospital pediátrico terciário no sudeste do Brasil, e comparação de sua performance com o PIM 2, escore atualmente utilizado. Métodos: Estudo de coorte histórico retrospectivo, realizado entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2014 na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do HEINSG (Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória). A caracterização da amostra foi realizada através da frequência observada, porcentagem, medidas de tendência central e de variabilidade. A calibração dos escores foi analisada pelo teste de ajuste de Hosmer-Lemeshow, enquanto a estatística Z de Flora foi utilizada para avaliar a semelhança entre a mortalidade geral e observada através do índice padronizado de mortalidade (SMR - Standardized Mortality Rate). Para o teste z de Flora, considerou-se valores críticos para não-rejeição da hipótese nula o intervalo de dois desvios padrão (DP) (ou entre < 1,96 e > -1,96). A área sob a curva ROC (Receiver Operating Characteristic) foi utilizada para a análise da capacidade de discriminação dos modelos PIM2 e PIM3 entre os pacientes que teriam alta ou evoluiriam para o óbito, e a avaliação da semelhança entre as médias do PIM2 e PIM3 foi feita através do teste t de Student para amostras independentes. A concordância entre as medidas do PIM2 e PIM3 foi avaliada pelo gráfico de Bland & Altman. O nível alfa de significância utilizado nas análises foi de 5% e intervalo de confiança de 95%. Os dados foram coletados em uma tabela Excel, conferidos em prontuários médicos e posteriormente transferidos para o software IBM SPSS para a realização de todas as análises. Resultados: Foram admitidos 293 pacientes no período estudado, sendo 38 excluídos por apresentarem um dos critérios de exclusão. Dos 255 pacientes analisados, 35 (13,7%) foram a óbito. O escore médio do PIM2 foi significativamente maior que o do PIM3, e a estatística Z de flora evidenciou não haver diferença entre a mortalidade geral observada e esperada no PIM2, mas há diferença destas no PIM3. O PIM2 obteve uma discriminação excelente (AUC = 0.830) e sua sensibilidade foi de 85.7 e especificidade de 69.1. Já o PIM3 obteve uma discriminação aceitável (AUC = 0.748) e sua sensibilidade foi de 74.3 e especificidade de 67.7. A comparação entre as áreas sob a curva ROC do PIM2 e PIM3 foi significativa (p = 0.015), evidenciando que há diferença entre as suas áreas, com melhor desempenho do PIM2 em relação ao PIM 3 (Z de Flora 2.427). O gráfico de Bland-Altman indicou que os limites de 95% de concordância entre as 2 versões do PIM variaram de -1,2 a 2,3, indicando que as medidas são inconsistentes, havendo discordância entre as mesmas que incluem 10,6% valores acima e abaixo do limite ± 1,96 DP, cerca do dobro do tolerável de 5%. Conclusões: Neste estudo, o PIM 2 apresentou melhores resultados para discriminar aqueles pacientes que irão a óbito, se comparado ao PIM 3. Poderia se sugerir, partindo desses resultados, que fosse mantida a coleta de dados utilizando as 2 versões do escore nesta unidade, para que estes dados possam ser novamente analisados com uma amostra maior, e que esses resultados possam ser comparados com novos estudos que devem surgir em locais com populações com características semelhantes.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Faculdade de Medicina} }