@PHDTHESIS{ 2016:125174211, title = {Jornalismo de (im)precisão : o conhecimento matemático e a apuração de números}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7001", abstract = "Este estudo investiga os tratamentos jornalísticos concedidos aos números nas práticas profissionais da reportagem, a partir de discussão estabelecida com as teorias do Jornalismo de Precisão, Jornalismo Investigativo e Jornalismo de Dados, e com sinalização final das competências matemáticas demandadas para a prática do jornalismo contemporâneo. A pesquisa foi composta por oito etapas metodológicas fazendo uso de entrevistas com profissionais de proeminência em suas áreas de atuação; aplicação de questionários a alunos e jornalistas em busca de compreender as relações destes com os números; e análise de conteúdo em amostra de reportagens - convencionais e de dados - que foram veiculadas em jornais impressos, com foco em identificar como os números compuseram a construção das notícias. Como resultado, verificou-se que 73% dos alunos de jornalismo e 60% dos jornalistas convencionais de diversas redações pesquisados afirmam não gostar de matemática, embora 82% dos profissionais tenham apontado que costumam fazer notícias e/ou reportagens usando números. Dos jornalistas investigativos ouvidos, 94% dizem que já sentiram necessidade de conhecer mais de matemática quando apuravam uma pauta e 95% do total de profissionais pesquisados acreditam que, por pouca afinidade, os jornalistas confiam demasiadamente nos números repassados pelas fontes. O estudo mapeou os números publicados em 110 textos de uma edição completa de jornal impresso e concluiu que 84% deles possuíam números. A partir disso, chegou a uma tipologia com onze categorias de números utilizados nas construções de textos. A comparação entre números em reportagens convencionais e reportagens de dados revelou que o diferencial predominante é que os dados numéricos publicados nas reportagens de dados são obtidos a partir de bases de dados e passam por operações matemáticas efetuadas pela própria equipe de redação, ou seja, os jornalistas passam a construir os números que vão compor suas notícias. Quanto às capacidades e conhecimentos matemáticos necessários para atuar no jornalismo contemporâneo, operações básicas mostram ser suficientes no sentido de operações a serem realizadas para reportagens convencionais, mas as equipes de reportagens de dados têm demonstrado maior raciocínio matemático-quantitativo diante de um cenário de crescente disponibilidade de bases de dados e de números passíveis de novas investidas jornalísticas. Amplia-se também, nesse sentido, a demanda por conhecimentos estatísticos para manipulação e apuração desses dados. No caso das reportagens que utilizam números, portanto, o “faro” e/ou o “tino” jornalísticos não se configuram apenas como instintivos, mas presume-se um novo conhecimento de ordem quantitativa capaz de possibilitar que o jornalista enxergue o que dizem os dados.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social}, note = {Faculdade de Comunicação Social} }