@MASTERSTHESIS{ 2016:1233527221, title = {Avaliação do perfil lipídico em pacientes com doença inflamatória intestinal}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6775", abstract = "Introdução: A associação entre alterações no metabolismo lipídico e doenças inflamatórias intestinais crônicas não está bem estabelecida. Observa-se que marcadores inflamatórios presentes na Doença de Crohn (DC) e na Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) também estão presentes em situações metabólicas que se caracterizam por dislipidemias aterogênicas. É possível supor que as alterações no perfil lipídico podem estar associadas a processos inflamatórios crônicos, potencialmente, agravar a situação clínica e aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Objetivo: Verificar a associação entre o perfil lipídico de pacientes com doença inflamatória intestinal e os níveis de atividade da doença inflamatória crônica. Método: Estudo transversal de pacientes acompanhados no ambulatório de Doença Inflamatória Intestinal do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Foram avaliados dados demográficos, antropométricos e exames bioquímicos (proteína C reativa, velocidade de hemossedimentação, hemograma e perfil lipídico). Os pacientes foram classificados quanto à gravidade da Doença de Crohn de acordo com o índice de atividade inflamatória de Harvey-Bradshaw e, na Retocolite Ulcerativa Inespecífica, quanto à gravidade do surto agudo segundo Truelove e Witts. Resultados: Participaram do estudo 122 pacientes de ambos os sexos com doença inflamatória intestinal crônica, divididos em dois grupos: doença de Crohn (n= 64; 52,5%) e retocolite ulcerativa inespecífica (n= 58; 47,5%). Média de idade de 41,6 ±12,6 anos e média de IMC de 25 ± 4,4kg/m2. Quanto aos marcadores laboratoriais avaliados, verificamos que o LDL-c mostrou-se mais elevado na RCUI quando comparado ao LDL-c da DC (110,0 +35,8 x 91,3±33,1 mg/dL; p= 0, 006). Em relação ao índice de atividade inflamatória de Harvey-Bradshaw, 63,8% dos pacientes com DC apresentaram atividade leve da doença e a PCR foi o único marcador que apresentou correlação com a gravidade da doença (p= 0, 027). Na RCUI, a distribuição dos pacientes conforme o índice de Truelove e Witts demonstrou que 63,2% dos pacientes estavam com doença leve. Quanto aos marcadores lipídicos, o HDL-c (p=0,036) e o colesterol total (p=0,028) apresentaram correlação com a gravidade da doença. O HDL-c foi a única das lipoproteínas que apresentou valores abaixo dos recomendados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia em 67,6% da amostra. Conclusão: Podemos concluir que, em pacientes com DII, verifica-se que o LDL-c está significativamente mais elevado na RCUI. O HDL-c em ambas as doenças apresentou níveis abaixo dos recomendados. Entre os pacientes com DC, os que se apresentam em situação inflamatória mais grave apresentaram valores significativamente mais elevados da PCR, quando comparados aos pacientes com RCUI. Em relação à gravidade da doença determinada pelos índices de Harvey-Bradshaw para DC e de Truelove e Witts para RCUI, os pacientes dos dois grupos comportaram-se de maneira semelhante.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Faculdade de Medicina} }