@MASTERSTHESIS{ 2016:1318018361, title = {Epêntese consonantal em contexto de juntura morfêmica : considerações sobre o sufixo -ada}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6724", abstract = "Este estudo constitui uma análise morfofonológica e etimológica de palavras dicionarizadas (HOUAISS, 2009) com a terminação –ada, mais especificamente, observamos o contexto de juntura morfêmica (base + sufixo) de palavras derivadas de base nominal, com e sem inserção consonantal, em busca de generalizações. Cabe salientar, principalmente, que esta dissertação tem por intuito discutir as palavras de base nominal que apresentam epêntese consonantal ─ mecanismo utilizado para resolver problemas estruturais de caráter silábico. Para a análise dos dados, metodologicamente, a amostra foi distribuída em três grandes grupos: (i) palavras derivadas de base nominal (divididas em temáticas e atemáticas); (ii) palavras derivadas de base verbal; e (iii) palavras com a terminação –ada não sufixal (composta por formações vernaculares e empréstimos). A partir disso, verificou-se que palavras derivadas de bases temáticas e atemáticas (ao que se refere à inserção de consoante regular no português) se comportam de maneira diferente, em PB: (i) palavras de bases atemáticas, na derivação, de modo geral, inserem /z/, consonante menos invasiva, que apenas resolve o problema de caráter silábico (cf. pá + -ada > pazada); (ii) palavras de bases temáticas inserem /r/ e neutralizam a VT da base em favor da vogal /a/ (cf. bicho + -ada > bicharada). Além disso, as epênteses consonantais foram caracterizadas com base nos textos utilizados como fundamentação teórica e na análise dos dados o que permitiu a identificação do contexto mais favorável para as inserções consonantais, em PB: o grupo das palavras de base atemática (20,5%, contra 2,6% das palavras de base temática). Dentro do grupo das atemáticas, o contexto mais propício é o das palavras terminadas em vogal candidata a acento (66,6%). Foi destacado, ainda, os possíveis motivos para o sistema do PB selecionar outras consoantes diferente de /z/ e /r/, com base em nossos dados, como o fato de já haver outras formas semelhantes na língua com diferente especificação semântica (cf. livroxada ~ livrada), a questão da variação (cf. bambu < bambucada ~ bambuzal ~ bambuØal), e os casos de vestígio etimológico (cf. paulada). Por fim, salientou-se a necessidade de se realizar testes com falantes para se observar a produtividade de /z/ e /r/ no sistema do PB. Nossa hipótese é de /r/ está mais cristalizada na língua, e que /z/ é a consoante de inserção regular vigente, isto é, a consoante provavelmente mais aplicada por falantes do PB.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }