@MASTERSTHESIS{ 2016:644564526, title = {Serviço social campeando a inserção da população do campo na atenção básica em saúde nos pampas}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6570", abstract = "O presente trabalho tem como tema a População do Campo inserida na Atenção Básica em Saúde (AB) da região rural de Viamão/RS e a interface com a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo da Floresta e das Águas (PNSIPCFA), nos anos de 2014 e 2015. Tendo como lócus, a Atenção Básica em Saúde e como objeto a PNSIPCFA. A pesquisa qualitativa contou com dois grupos focais, sendo um, com agricultores (as) assentados (as) e um com agricultores (as) não assentados (as), considerando seus modos e condições de vida e os reflexos destes em sua saúde e inserção na Atenção Básica. Também foram realizadas três entrevistas, contemplando profissionais da Atenção Básica que atendem essa população e um (a) gestor (a) da Atenção Básica em Saúde. Assim como, foi realizada pesquisa documental e observação participante, para complementar a análise. Utilizamos o método dialético-crítico, com base marxiana, tendo como categorias centrais do método a historicidade, contradição, totalidade, mediação e trabalho. Neste contexto, afirmamos a necessidade de serviços de saúde e intersetoriais que acompanhem esta população em seus territórios de vida e trabalho. Territórios que necessitam ser “usados” (SANTOS; SILVEIRA, 2006), vivenciados no cotidiano de trabalho vivo e em ato, também pelos serviços públicos. E que representa o espaço de produção de saúde, ao passo que também produz sofrimento, quando depara-se com adversidades, como as que o trabalho pela e na terra, com pouco investimento, pode ocasionar. Salientamos ainda, que apesar da exploração da força de trabalho, das desigualdades sociais e portanto, da própria questão social, ser anterior ao sistema capitalista, como apresentamos ao retomar as bases históricas do feudalismo da Idade Média, na realidade contemporânea, estas expressões se acirram cada vez mais, refletindo na saúde da população. Portanto, a necessária discussão sobre a saúde da população do campo, em seu conceito ampliado, visando contribuir com a implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, Florestas e Águas (PNSIPCFA) no Brasil. Na pesquisa identificamos entre as necessidades específicas desta população, com recorte para a agricultura familiar, referentes a agravos em saúde, sendo que alguns vão ao encontro dos processos multicausais que afetam a população em geral do município, como hipertensão, cardiopatias, diabetes e sobrepeso, outros com causas específicas, mas com agravos semelhantes, como: osteomusculares, sofrimento mental decorrente do “desenraizamento”, histórico de violações de direitos na luta pela terra e o trabalho árduo na terra, como: depressão (altos índices de uso de medicação controlada) e uso prejudicial de bebida alcoólica, assim como agravos que podem estar relacionados ao uso de agrotóxicos. Desta forma, buscamos reforçar a essencialidade da produção agrícola livre de agrotóxicos, como uma questão de saúde pública e intersetorial, principalmente no Brasil, país que mais o usa no mundo. Uma discussão que afeta direta e indiretamente toda população, pois é a agricultura familiar que basicamente nos alimenta. Portanto, planejar estratégias de inserção na saúde que atenda sua integralidade, contribui para além de sua qualidade de vida, para a qualidade de vida da população em geral.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Faculdade de Serviço Social} }