@MASTERSTHESIS{ 2015:1999488710, title = {Histórias de pescadores : uma pesquisa etnomatemática sobre os saberes da pesca artesanal da Ilha da Pintada - RS}, year = {2015}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6258", abstract = "Este estudo tem como objetivo analisar os processos de geração, organização e difusão dos saberes utilizados pelos pescadores artesanais da Ilha da Pintada, bairro pertencente ao município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Metodologicamente, trata-se de um estudo de caso etnográfico baseado em pressupostos qualitativos de pesquisa. Como subsídios teóricos são utilizados fundamentos a respeito dos termos que balisaram esse estudo: cultura; saberes; Etnomatemática. O aporte teórico estabelecido acerca do conceito de cultura tem sua base em Bauman (2012) e Geertz (2008). Uma diferenciação entre conhecimento e saber é proposta sob uma perspectiva foucaultiana de Veiga-Neto e Nogueira (2010). A Etnomatemática é considerada um método de pesquisa e suas questões são fundamentadas, principalmente, nos estudos de D'Ambrosio (2001, 2005, 2008, 2009, 2012), Knijnik et al. (2012), e Barton (1996, 2006). O material empírico constituiu-se em entrevistas semiestruturadas realizadas com três pescadores artesanais. A Análise Textual Discursiva é empregada como método de análise a partir das definições e recomendações de Moraes e Galliazi (2011). Os resultados da análise evidenciam que os saberes dos pescadores artesanais constituem um saber sensível, conforme definição de Ramalho (2011). Esses saberes têm sido gerados devido à necessidade de lidar com as distintas situações do dia a dia na pesca artesanal. Indica que a geração dos saberes não está vinculada à frequência escolar. Além disso, o processo de geração ocorre por meio das condições de possibilidades que são proporcionadas, geralmente, em ambientes familiares, estando sujeito, também, à experiência prática. Demonstra que a organização dos saberes ocorre, socialmente, em função das relações sociais e condições ambientais a que estão submetidos esses pescadores e, intelectualmente, por meio da utilização de um modo de pensar e de uma linguagem particular do grupo. Aponta que a difusão dos saberes está relacionada à otimização dos recursos da pesca bem como à industrialização dos materiais. Ademais, consta que os saberes são difundidos mediante às relações familiares e de compadrio, sendo vistos como um conhecimento patrimonial. Por fim, conclui que ser pescador implica resistir à banalização da pesca e agir de acordo com as normas e os princípios éticos acordados pelo grupo.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática}, note = {Faculdade de Educação} }