@MASTERSTHESIS{ 2015:1470508691, title = {Reflexões e propostas para a formação de um educador em saúde}, year = {2015}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6026", abstract = "A Educação em Saúde (ES) é um aspecto de promoção da saúde e prevenção de doenças já bem estudado e a formação e atuação do médico são elementos de fundamental importância para sua consolidação. O objetivo do presente trabalho foi a investigação da formação e das práticas de ES realizadas por médicos no contexto da Atenção Primária em Saúde. O estudo qualitativo, de caráter exploratório-descritivo e interpretativo, complementado com elementos quantitativos, baseou-se na entrevista de 6 médicos que atuam na Estratégia de Saúde da Família e seus 2 respectivos coordenadores, com enfoque na percepção a respeito da formação em ES e práticas educativas realizadas. Investigou-se também a percepção dos entrevistados sobre a efetividade da ES. Além disso, realizou-se a observação dos profissionais durante ações educativas do tipo grupo e sala de espera. As entrevistas foram analisadas através da Análise de Conteúdo de Bardin. Identificaram-se três categorias: Formação em ES, com as subcategorias Graduação, Pós-Graduação e Educação Permanente ou Continuada; categoria Atuação em ES, com as subcategorias Nível de Atuação, Multidisciplinaridade e Seleção Temática; e a categoria Fatores que Influenciam a Efetividade da ES, com as subcategorias Profissional de Saúde, Gestão e Usuário. Na primeira, relatos sobre as mudanças curriculares demonstraram diferença nos discursos dos entrevistados, bem como a residência em MFC e as especializações específicas para atuação em APS. Na segunda, quanto à Atuação, todos referiram realizar práticas de ES, tanto no nível individual quanto coletivo; e em todas as unidades de saúde (US) pesquisadas, a ES ocorre como uma prática de caráter multidisciplinar. Na terceira, a efetividade da ES mostrou-se influenciada pela formação e perfil do profissional, a administração do setor público, a valorização profissional, a intersetorialidade, a coresponsabilização e a cultura. Os resultados da observação dos grupos foram triangulados com os das entrevistas e com os dados dos profissionais: nas práticas educativas observadas, todos os profissionais utilizaram a metodologia da palestra, com a transmissão vertical das informações do médico para os usuários, objetivando a mudança individual do comportamento em saúde. Os profissionais com formação específica para atuação em APS não mostraram experiências inovadoras, nem tampouco os com formação mais recente. O tempo de atuação na mesma US também não evidenciou diferença em relação à prática de ES. Além disso, o modo de seleção dos temas para as ações em ES não se seguiu à execução de um diagnóstico em saúde da comunidade local. Concluiu-se que a ES esteve presente no discurso e na prática dos profissionais de formas diferentes: enquanto a formação refletiu transformações importantes ocorridas na graduação e na pós-graduação, a atuação demonstrou a permanência de práticas homogeneamente inadequadas e ultrapassadas. A multidisciplinaridade presente nas práticas educativas foi um aspecto positivo encontrado. Se considerado no seu conjunto, o discurso dos profissionais demonstrou a complexidade que envolve a efetividade da ES. Apontamentos do estudo direcionam para a necessidade da formulação de estratégias para se reduzir a distância entre pesquisa e prática na APS, com efetivação das recomendações científicas para o cuidado em saúde, uma vez que a efetividade da ES está atrelada à realização de intervenções múltiplas em diferentes níveis de ação.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação} }