@PHDTHESIS{ 2009:838143145, title = {A ressignificação da vida cotidiana a partir da aposentadoria e do envelhecimento}, year = {2009}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/437", abstract = "O fenômeno do envelhecimento demográfico vem se acentuando gradativamente no Brasil. As novas concepções e características próprias dessa fase transformam a experiência da aposentadoria um momento cada vez mais atingível para homens e mulheres. Se antes, socializados, preparados e exigidos, cultural e economicamente, para cumprir o seu destino de trabalhador, após o afastamento da ocupação laboral e com a realidade da aposentadoria, homens e mulheres a partir dos 60 (sessenta) anos se veem desafiados a redimensionar as motivações pessoais às novas condições socialmente impostas: a aposentadoria e a velhice. A pesquisa tem por objetivo principal investigar como se processa a passagem da condição de trabalhador ativo a trabalhador aposentado e que ressignificados dão às suas vidas homens e mulheres idosos(as) na aposentadoria. Para aprofundar essas questões, contemplaram-se teoricamente os seguintes temas: envelhecimento, trabalho, aposentadoria e cotidiano. A pesquisa é norteada pelo método dialético-crítico, ressaltando-se às categorias de análise: totalidade, historicidade e contradição. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada e a observação assistemática. Por se tratar de um estudo de gênero, foram entrevistados 60 (sessenta) sujeitos, sendo 30 (trinta) homens e 30 (trinta) mulheres, na faixa etária dos 60 (sessenta) a 96 (noventa e seis) anos de idade as mulheres e dos 66 (sessenta e seis) a 80 (oitenta) anos de idade os homens. Todos(as) aposentados(as) por tempo de serviço, pertencentes a diferentes realidades sociais, econômicas e culturais e residentes no meio urbano do município de Porto Alegre/RS. Na avaliação dos dados, utilizou-se o método de análise de conteúdo, com base em Gagneten (1987). Na análise das experiências e significados da aposentadoria para homens e mulheres idosas constatou-se uma ambiguidade de sentimentos como: alegria, tristeza, frustração, alívio e perda. O estudo revela que, entre os homens, o desligamento do trabalho, o distanciamento das amizades conquistadas nesse ambiente e o reconhecimento de seu valor produtivo são os rompimentos mais identificados, considerados como perdas inevitáveis que chegam com o envelhecimento. Entre as mulheres idosas entrevistadas, a fase da aposentadoria é vivida como uma experiência positiva, à medida que, ao aposentar-se, resgata a possibilidade de retomar sua vida dentro de um espaço que sempre foi de seu domínio: o lar. Para ambos os gêneros, a perda de amigos e parentes próximos reduz o círculo de amizades, fazendo com que muitos idosos se sintam solitários, retraídos ou isolados, pois, na maioria dos casos, os descendentes possuem seus afazeres cotidianos próprios e o idoso nem sempre está incluído nos objetivos ou prioridades da família. Entre as conquistas da velhice para ambos os gêneros destacam-se: aposentadoria, experiência de vida, tempo livre, a possibilidade de tornarem-se avós, autoconhecimento, recasamento, voluntariado e o retorno aos estudos. Como desafios da velhice constataram-se: viuvez, solidão, surgimento de doenças e a dificuldade de locomoção. As estratégias de enfrentamento para a reorganização dos planos e projetos de vida e do cotidiano são múltiplas e estão relacionadas com a situação socioeconômica de cada idoso(a). Essas realidades distintas vividas entre os idosos(as) contribuem para que as fases da velhice e da aposentadoria sejam processos de intensas mudanças, em que a sua aceitação e a sua adaptação dependerão da maneira como cada um optou por vivenciá-las.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Faculdade de Serviço Social} }