@PHDTHESIS{ 2014:2120703396, title = {Perambulanças de João Grilo : do pícaro lusitano ao malandro brasileiro, as peripécias do (anti-)herói popular}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2183", abstract = "Há, nos estudos da crítica literária, uma série de heróis: de um lado, os clássicos, cuja missão concentra-se em grandes feitos e em um crescimento pessoal; do outro, encontram-se os heróis baixos, cuja força está intimamente ligada ao discurso cômico. Dentre estes, destacam-se o pícaro e o malandro. Esta pesquisa, pois, está pautada na análise da construção da figura do herói popular, a saber, João Grilo, em solo português, e da transformação de seus caracteres quando da sua chegada em solo brasileiro. Desse modo, o pícaro lusitano, guiado pela sorte, abdica do destino em prol do malandro brasileiro, guiado pela sua perspicácia e meticulosidade. Povoando os mais diferentes gêneros textuais, é no folheto de cordel que João Grilo faz morada duradoura e onde empreende uma luta de classes, expondo as desigualdades sociais no Brasil. A partir do estudo desses textos literários, nesta pesquisa, estabelece-se a criação de uma cosmogonia popular, criada com base no intenso processo de diálogos culturais entre Portugal e Brasil. Por meio de estudiosos como Aristóteles (1993), Campbell (2007), Propp (1983), Damatta (1997), Jung (2008), González (1994), Mendes (2008) e Müller (1997), a teoria acerca do herói é contraposta às narrativas literárias. Com Abreu (1999), Peloso (1996), Haurélio (2010), Maxado (2012) e Cavignac (2006), a construção desse herói é relacionada à cultura popular. Com base em Duarte (2006) e Minois (2003), o cômico dialoga com o discurso do pícaro e do malandro. E através dos pressupostos teóricos de Ortiz (1978) e Rama (1982), o conceito de transculturalidade narrativa é utilizado para melhor compreensão dos choques culturais e da formação do malandro popular em solo brasileiro. Portanto, por meio dos estudos empreendidos, é pertinente considerar que, numa sociedade desigual, o pícaro e o malandro servem às classes subalternizadas, por ver, em seus atos, um momento catártico para lidar com as frustrações cotidianas, e aos poderosos, para manter o status quo vigente.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }