@PHDTHESIS{ 2014:1145674840, title = {A sílaba cvc e sua função no sistema}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2146", abstract = "Este trabalho insere-se no domínio da teoria e análise linguística, mais especificamente dos estudos fonológicos, e tem como objetivo principal diferenciar sílabas leves e pesadas no português. Línguas com sensibilidade quantitativa tratam essas duas estruturas diferentemente com relação ao seu papel em processos como acentuação, tom, etc (GORDON, 2004). Nessas línguas, sílabas pesadas ou bimoraicas são preferencialmente as portadoras de acento ou tom (HYMAN, [1985] 2003; HAYES, 1989). Dentro desse panorama, este trabalho busca descrever o comportamento da sílaba CVC, que pode manifestar-se como pesada na língua, na ausência de vogais longas, a partir do processo de acentuação no português, tema clássico nos estudos em teoria fonológica. Nos estudos sobre o acento em português não há consenso sobre o papel do peso na atribuição de acento (CAMARA JR., 2007 [1970]; BISOL, 1992, 1994a; LEE, 1994; WETZELS, 1996, 2002, 2003, 2006; MAGALHÃES, 2004, 2010). A noção de peso contextualmente dependente é necessária para dar conta do acento, uma vez que, neste trabalho, em conformidade com Bisol (1992, 1994a) e Magalhães (2004, 2010), trata-se o fator peso como relevante apenas na borda direita da palavra. Compõem o corpus deste estudo itens não derivados e derivados terminados por sílaba CVC cujos elementos pósvocálicos são as soantes [l,r,N], e a obstruinte [S], todos oriundos de um banco de dados composto por 10.191 palavras terminadas em sílabas fechadas. Como a estrutura CVC em posição final geralmente se manifesta como pesada na língua, recebendo o acento principal, buscam-se justificativas de origem morfológica para o comportamento das exceções. Defende-se, assim, que a formação de pés é realizada com base nas moras e que a regra de acento em português é sensível à estrutura morfológica dos termos, de modo a impedir a atribuição de peso ao elemento terminal da sílaba quando na presença de determinados morfemas. A análise da interface fonologia/morfologia em itens derivados e não derivados fundamenta-se na proposta de Pater (2000, 2004, 2007, 2009) de restrições indexadas, considerando a alternância morfologicamente condicionada. Além disso, discute-se o comportamento dúbio do segmento /S/ pós-vocálico, que ora porta-se como leve, ora pesado, verificando os patamares de sonoridade para segmentos móricos atuantes na língua (ZEC, 1998,1995, 2007). A Teoria da Otimidade, um modelo voltado para o output, que não conta com o ordenamento de regras ou ciclos na derivação, permite lidarmos com silabificação, atribuição de peso e acentuação paralelamente.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }