@MASTERSTHESIS{ 2011:2089295883, title = {A relação eu/outro na interação entre uma criança com deficiência e familiares: perspectiva dialógica}, year = {2011}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2047", abstract = "O presente estudo objetivou analisar a relação eu/outro na interação entre uma criança com deficiência (Síndrome de Down) e familiares (mãe e irmã), investigando (i) o favorecimento ou não das potencialidades de linguagem da criança em cenas de interação com familiares, bem como (ii) imagens de sujeito discursivo construídas sobre a criança pelo discurso de familiares. A pesquisa considerou as relações entre o discurso infantil e o de membros de sua família a partir dos pressupostos da teoria dialógica do Círculo de Bakhtin, complementada pelas considerações da história da pessoa com deficiência e da fonoaudiologia com as especificidades clínicas da primeira infância. A coleta do material de análise ocorreu durante quatro meses, com filmagens mensais da interação da criança com um de seus responsáveis (mãe e irmã), em uma sala de brinquedos do CADEP, unidade de saúde da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e Pessoas Portadoras de Altas Habilidades no Rio Grande do Sul (FADERS). Foi utilizada uma metodologia qualitativa para as análises dos três encontros selecionados, cuja organização foi dividida em dois momentos: as cenas em que é observado o discurso do adulto sobre a criança e as interações em que o discurso familiar é dirigido à criança. Em cada um dos dois momentos, a investigação valeu-se de duas principais instâncias de análise: interação de vozes no discurso e responsividade do enunciado. O estudo da relação eu/outro nos diálogos entre a família e a criança oportunizou subsídios para investigar como as representações sociais da pessoa com deficiência refletidas e refratadas no discurso do adulto aparecem na manifestação clínica de linguagem da criança selecionada. A partir das análises, constatou-se uma interação de vozes no discurso familiar cujo tom valorativo oscila entre a concepção de anormalidade e a singularidade do discurso do sujeito em tratamento, que luta para sustentar o seu lugar discursivo. Verificou-se também que a imagem do destinatário infantil é construída em resposta aos diferentes pontos de vista sobre a pessoa com deficiência. Tais constatações reiteram a composição plural do objeto de estudo, tomado em uma perspectiva que valoriza o caráter singular da linguagem em uso.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }