@MASTERSTHESIS{ 2006:1574501761, title = {Qualidade de vida em pacientes com epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso : perspectiva imediata e remota do procedimento cirúrgico}, year = {2006}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1539", abstract = "A epilepsia, síndrome clínica neurológica grave e comum, é caracterizada pela recorrência de episódios, convulsivos ou não. O tratamento medicamentoso com drogas antiepilépticas (DAE) é eficaz e controla as crises na maioria dos pacientes. Há, entretanto, percentual razoável de doentes que apresentam epilepsia refratária (ER), não controlada com DAE, e passíveis de tratamento cirúrgico. Pacientes com ER têm qualidade de vida (QV) deteriorada pelo estigma da doença e segregação a que se submetem e são sujeitos a elevada prevalência de casos de depressão. Entretanto, a perspectiva da terapia cirúrgica pode desencadear sintomas de depressão relacionados à incerteza do sucesso do tratamento, à mutilação cerebral e suas seqüelas, à dúvida de viver sem convulsões e ter um período de re-educação e ajustamento psicossocial, com possibilidade de perda da superproteção familiar. Objetivos: Avaliar a QV dos pacientes com ER à terapêutica medicamentosa, com perspectiva imediata e remota de tratamento cirúrgico, e verificar possíveis diferenças na QV e nos sintomas de depressão entre os grupos. Método: O grupo de 99 pacientes com ER foi dividido em Grupo 1: 66 pacientes hospitalizados com perspectiva imediata de tratamento cirúrgico (1 a 2 semanas), considerado o G1. O grupo 2 (G2) composto de 33 pacientes em acompanhamento ambulatorial e com perspectiva remota de tratamento cirúrgico (6-12 meses). Foram utilizados o Questionário de Qualidade de Vida -65 (QQV-65) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI) para este estudo. Resultados: Em ambos os grupos, houve predomínio do gênero masculino 60,6%; 49,5% com Ensino Fundamental Incompleto; 57,7% sem atividade ocupacional/emprego e 60,6% solteiros. A média de idade foi 34 anos, e a idade de início das crises foi mais precoce no G1 do que no G2 (p<0,001). O escore médio total do QQV-65 foi de 53,21 (±17,9 DP) e houve diferença significante (p<0,0001) entre as médias dos escores de G1 e G2. Todos os aspectos de QV, com exceção do emocional e do autoconceito, mostraram diferenças significantes entre os grupos (p ≤0,05). A categorização dos escores de BDI demonstra significância entre os grupos (p=0,025) com elevado predomínio dos sintomas de depressão no G1. A relação entre os escores totais de QV e a classificação dos escores de BDI demonstrou associação significativa negativa (rho= - 0,704; p<0,001). Os pacientes com melhor QV são os que apresentam menos sintomas de depressão. Conclusão: Pacientes com ER à terapêutica medicamentosa com perspectiva de tratamento cirúrgico apresentam QV deteriorada. Os do G1 têm pior QV do que os do G2. Sintomas de depressão são mais acentuados nos do G1. A QV dos pacientes com ER é pior naqueles com sintomas de depressão, mostrando a elevada associação entre as comorbidades nesses pacientes.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Faculdade de Medicina} }