@MASTERSTHESIS{ 2022:155474685, title = {Papel da obesidade e imunossenescência precoce na COVID-19}, year = {2022}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11133", abstract = "A doença causada pelo vírus zoonótico SARS-COV-2 (COVID-19) apresenta grande infectividade e baixa letalidade entre indivíduos mais jovens, sem comorbidades. Contudo, em idosos e indivíduos com comorbidades (incluindo a obesidade) leva a síndrome respiratória aguda e grave (SRAG) e alta mortalidade. Esta doença tem como característica uma grande secreção de mediadores pró-inflamatórios no pulmão e outros tecidos de forma sistêmica, excesso de neutrófilos jovens (mielopoiese de emergência), e ativação do complexo inflamassoma. Ademais, ocorre uma linfopenia e predomínio de linfócitos T ativados e com perfis de exaustão e citotoxicidade, associados especialmente com a COVID-19 grave. De forma semelhante, existe no envelhecimento e na obesidade um aumento da inflamação basal de baixo grau, denominada “inflammaging”, associada com desenvolvimento de multi-morbidades e morte. A quebra da barreira intestinal é frequentemente relatada na obesidade e pode contribuir para a inflamação sistêmica, linfopenia e piora no quadro clínico na COVID-19. No entanto, não sabemos ainda a influência da obesidade como modelo de envelhecimento precoce na imunopatologia da COVID-19. Dessa forma, os objetivos dessa dissertação foram investigar se a obesidade na COVID-19 moderada estava associada com: (a) imunossenescência precoce, (b) desregulação da imunidade adaptativa (especialmente dos linfócitos T) e (c) Translocação Microbiana. Foram recrutados 50 pacientes internados com COVID-19 moderado, divididos em dois grupos, 22 não-obesos e 28 obesos. E foram recrutados 11 controles COVID-19 negativo. Logo após a internação, foram coletadas amostras de sangue as células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) foram isoladas por gradiente de densidade. As PBMCs foram imunofenotipadas para investigar a frequência dos subtipos de monócitos, células B, NK e T em relação a seus estágios funcionais (ativação e exaustão) e desenvolvimento (incluindo as células mais diferenciadas ou senescentes). De forma geral, pacientes obesos apresentaram uma ativação tardia de linfócitos T CD8+ (HLA-DR+CD38+GZB) comparados com não-obesos com COVID-19. O estágio de desenvolvimento intermediário de linfócitos T (CD8+CD27-CD28+CD57+CD45RA-) foi maior em obesos do que em não-obesos. Houve uma Translocação microbiana nos dois grupos de pacientes quando comparado com o grupo controle, não infectado. Então pacientes obesos apresentam menor ativação dos linfócitos T em paralelo a translocação microbiana, possivelmente contribuindo no processo de desregulação do sistema imune. No entanto, não foi evidenciada imunossenescência precoce em obesos com COVID-19 moderado.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular}, note = {Escola de Ciências Saúde e da Vida} }