@PHDTHESIS{ 2019:304948016, title = {Associação entre poluição ambiental e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade : revisão sistemática}, year = {2019}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10404", abstract = "Os efeitos deletérios da poluição já foram evidenciados em vários desfechos relacionados à saúde infantil. Porém há escassez de informações científicas sobre as implicações da poluição sobre o sistema nervoso central de crianças, as quais podem ser expostas antes mesmo do nascimento. O objetivo do presente estudo é avaliar as possíveis associações entre a exposição a poluentes ambientais e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em crianças. Foi realizada uma pesquisa na literatura mediante as bases de dados MEDLINE, EMBASE, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Scientific Electronic Library Online, Latin American Caribbean Health Sciences Literature, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, PsycINFO, Web of Science, bem como na literatura cinzenta, sem limite de data ou idioma, para analisar as possíveis associações entre a exposição a poluentes ambientais e o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em crianças. Um total de 13 coortes foram incluídos na revisão sistemática, contendo 123.790 participantes com 50 associações. Dos estudos selecionados, em cinco, os autores analisaram, isoladamente, os efeitos de poluentes; e, em oito, as combinações de dois ou mais produtos (modelo de multipoluição). Dos 13 estudos, em oito, os autores abordaram a poluição do ar. Desses oito, seis são sobre Material Particulado (MP). Em oito estudos, os pesquisadores concluíram que há associações positivas entre poluentes e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e desfechos relacionados; e, em outros cinco há inferências ou nenhuma associação. Dos oito estudos com associação positiva, quatro foram com poluentes isolados, sendo um com Bisfenol A (BPA); um com chumbo, um com NO2, e um com MP 2,5. Os outros quatro estudos foram com multipoluentes: um com organofosforados e piretróides; um com derivados do carbono, como Elemental Carbon (EC) e Black Carbon (BC), e NO2; e dois com derivados de nitrogênio e Material Particulado (MP). Nenhuma associação ou associação fraca foi evidenciada em quatro estudos. Apenas em uma pesquisa comprovou-se um poluente isolado, no caso Hexaclorobenzeno (HCB). Três trabalhos eram com multipoluentes: um que analisou metais pesados; um com MP e NO2; e um com derivados de nitrogênio e material particulado (MP). Nove estudos (69%) foram classificados como de boa qualidade. De acordo com as conclusões dos autores dos estudos selecionados foi possível evidenciar a associação positiva entre poluentes com TDAH e desfechos relacionados. As associações mais relevantes são com BPA, chumbo, pesticidas (organofosforados e piretróides); derivados de nitrogênio e material particulado. No entanto, estudos futuros e com delineamento adequado são necessários para esclarecer estas relações e responder se ocorrem diferenças entre as faixas etárias, entre gêneros e diferentes níveis de exposição.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }